28 de abril de 2011

Ética, cidadania e inclusão social

Moacir Gadotti, educador brasileiro e presidente do Instituto Paulo Freire, disse o seguinte: “Se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação social, também é verdade que essa transformação não se efetivará nem se consolidará sem a educação.”

No mundo em que vivemos nenhum país supera o atraso e as desigualdades sociais sem focar a ética, a moral e a cidadania para atingir o pleno desenvolvimento de seu povo. Para o exercício da moral, temos a ética como conseqüência e a cidadania como resultado. Contudo, somente haverá cidadania se o povo exercer de forma clara e autêntica a solidariedade, a tolerância, o respeito, a justiça, a generosidade, a compaixão, o amor nas relações humanas e a fraternidade entre as nações, povos e religiões.

Para que isso aconteça, tanto as ações sociais incentivadas pelo governo, como aquelas exercidas pela iniciativa da própria sociedade devem convergir para um mesmo vértice, isto é, tornar a sociedade mais consciente, proativa e responsável.

Algumas dessas ações poderiam ser as seguintes:

1. Investimento maciço em capital humano, que é o bem mais precioso de qualquer nação;

2. Ações de fortalecimento da cidadania, por meio da participação popular e do controle social;

3. Ações voltadas à inclusão social das populações marginalizadas, com foco na geração de emprego e renda.

Nessa linha de pensamento, a escola é o espaço ideal de construção de conhecimento e reflexão crítica sobre a realidade da comunidade em que está inserida. Isso pode acontecer porque a escola proporciona situações de aprendizagem, que possibilitam a participação do educando no processo de construção da cidadania e de consciência de seus direitos e deveres como cidadão.

Até mesmo o conhecimento sobre a gestão pública pode ajudar o cidadão a ter uma visão mais próxima do que seja uma sociedade justa e equilibrada. O combate à corrupção, o fortalecimento da ética na administração, a reflexão sobre as práticas sociais podem melhorar o perfil dos membros de uma sociedade de tal maneira que haja condições para a diminuição das desigualdades sociais e a construção de uma sociedade ética e com mais igualdade social.

Portanto, todos os cidadãos de bem: professores, diretores, coordenadores, pais e alunos devem se mobilizar para que a sociedade consiga atingir um ótimo nível de desenvolvimento humano e social.

Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

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