31 de maio de 2011

Dicas práticas de memorização

Memorização é uma atividade do cérebro que você necessita para concentrar-se. Pode ser usada tanto em seu campo de estudo ou mesmo em seu trabalho. Então, quando chega a hora e alguém exige que você memorize algum assunto importante, aqui estão as coisas básicas que você deve considerar.

Primeiro, você precisa entender o que você deve se lembrar e memorizar. Isso irá ajudá-lo a recordar  mais facilmente. Em seguida, você deve identificar as coisas que devem ser memorizadas no texto. Isso significa que você deve fazer um esforço para dizer novamente o texto e fazê-lo ficar em sua mente. Faça uma marcação especial para ajudar e permitir sua mente a visualizar as palavras ou frases.

Uma boa ideia para memorizar efetivamente seus materiais é encontrar uma história interessante que se associe ao texto. Às vezes, pode se criar uma palavra-chave para recuperar facilmente o seu texto. Outra dica é estudar primeiro os materiais que precisarem ser memorizados. Além disso, procure auxilio profissional para tomar alguns suplementos ou vitaminas para ajudá-lo a melhorar e aperfeiçoar suas habilidades de memória.

Delton Unglaub

30 de maio de 2011

Por que Estudo Passivo não é bom

Estudar apenas passivamente é quando voce faz apenas a leitura de suas anotações ou apenas o texto que o professor solicitou. Muitos professores dizem que o melhor é procurar ler a bibliografia complementar pesquisar na internet mais informações sobre o assunto que será abordado em sala. Eu concordo com esta recomendação porque quando eu tento ler minhas próprias anotações, ás vezes, passo muitas horas para compreender o que escrevi.  

Basicamente porque minhas próprias anotações foram escritas de forma rápida e só eu posso ler. No entanto, outras vezes eu também não consigo descobrir o que eu tentei registrar. Então, eu acabo perdendo muito tempo e estudando muito pouco sendo incapaz de continuar as minhas leituras ou mesmo terminar toda a matéria.

Outra desvantagem de adotar métodos passivos de estudo é que me deixa sonolento. E, pior, eu acabo dormindo e acordando sem reter o que tinha lido. Isso é um problema porque eu tenho que estudar mais e passar o resto do tempo antes de chegar à escola e, assim, não obter um resultado impressionante.

Delton Unglaub

26 de maio de 2011

Técnicas de Leitura de livros técnicos

Os alunos, muitas vezes, se entediam ou se cansam facilmente quando a leitura de livros técnicos. Principalmente se é obrigatório a leitura de vários capítulos. Mas, na verdade existem algumas técnicas para acelerar a leitura de longos capítulos dos livros técnicos. A primeira é dar uma rápida olhada no capítulo inteiro, visualizando o que o capítulo está enfatizando.

A visualização de um capítulo do livro significa ler a sua introdução, todos os destaques e caixas de texto e o resumo do capítulo. Isto, também significa que você deve dar uma olhada nas tabelas, imagens ou gráficos e todas as legendas do texto. Ao fazer isso, você já tem uma idéia geral do que o capítulo trata em especial. 

Depois de visualizar o capítulo inteiro, você deve preparar algumas perguntas como o quê, quando, onde, como, porquê ou quem -- o texto aborda ou retrata. Isso ajudará você a identificar e compreender a essência do capítulo. Você pode facilmente encontrar a resposta à sua própria pergunta, olhando para os títulos. Escreva todas as respostas em suas anotações para que você tenha uma referência facil durante a discussão em classe.

Utilizando esta técnica voce vai certamente reduzir a necessidade de ler todo o capítulo. E eu particularmente gostei de usar esta técnica de varredura nos meus tempos de faculdade porque acho que é realmente fácil de entender o capítulo inteiro sem realmente ler palavra por palavra do livro.

Delton Unglaub

101 atitudes para o estudo inteligente - Palestra

25 de maio de 2011

Podemos estudar na cama?

Eu fiz essa pergunta a alguns alunos para saber se muitas pessoas estudam na cama. A resposta da maioria de meus entrevistados foi positiva. Entretanto, não é aconselhável ler ou estudar na cama. Você acha que isto é mesmo verdade? Eu mesmo já estudei muito na minha cama. Mas, é claro, depois eu realmente senti muito sono...

Eu naveguei na internet em sites especializados para verificar a verdade sobre o ato de estudar na cama e a informação mais unânime é que ler e estudar na cama não é muito recomendado. Os especialistas disseram que o nosso corpo tende a se relaxar e não absorver o conteúdo muito bem. Isto ocorre porque nós associamos a cama com nosso horário de dormir. Claro, porque nossa cama é o lugar onde dormimos durante a maior parte do tempo.

Logo, não é o assunto ou a matéria que provoca o sono e sim, o lugar onde estudamos. Portanto, fique fora da sua cama quando você quiser estudar de forma eficiente e eficaz. Agora se voce não quer estudar e quiser ler para adormecer - é diferente! - e não há nada de errado nisso. Utilize esta técnica para estudar de forma eficaz.
Delton Unglaub

24 de maio de 2011

Diferentes estilos de Leitura

Existem vários tipos diferentes de leitura. Para ser eficaz e um bom leitor, você deve ser capaz de identificar o estilo de leitura que mais se adapta às suas necessidades de leitura.

A maioria dos leitores são flexíveis e adotam um estilo de leitura para cada momento. Para fazer suas leituras de aprendizado, por exemplo, é preciso mais atenção. Um dos estilos de leitura que você pode usar para ler artigos complicados ou escritos antigos é a leitura com o método de Estudo.

Isso exige que você leia cuidadosamente e mais lentamente do que a leitura normal para conseguir obter a compreensão plena de áreas de difícil acesso. Ler em voz alta estes materiais também é uma boa maneira de ajudá-lo a recuperar e armazenar as informações depois da leitura.

Por outro lado, se você quiser acelerar a obtenção da idéia do material que você está lendo, você pode usar o método de leitura Dinâmica. Existem cursos e livros sobre este método. Isso é útil quando você tem que ler muitos materiais de leitura em um curto período de tempo.

Mas, se seu objetivo é apenas obter uma varredura, uma determinada idéia ou uma informação o melhor estilo de leitura para adotar é método de Tópicos. Ou seja, uma leitura que tem por objetivo escanear as principais ideias nos primeiros e últimos parágrafos para ajudá-lo a ter apenas uma pequena noção do texto. Leia com sabedoria. E agora, tente seguir estes estilos e ver com qual se identifica e vai te ajudar melhor.
Delton Unglaub

23 de maio de 2011

Dicas úteis durante as avaliações e exames

As avaliações estão entre os mais assustadores testes para muitos estudantes, mas não quando você se prepara e estuda bem a matéria. Nos meus tempos de escola eu consegui passar muitos dos meus exames porque eu fiz questão de assistir às aulas todos os dias. Eu escutei atentamente as palestras e anotei os destaques mais importantes da aula. Também, foi importante estudar com antecedência antes de ir a minha classe.

Seguindo estas poucas dicas, voce já poderá acompanhar as aulas com mais foco. Isso também ajudará a armazenar conhecimentos e ter uma compreensão rápida do assunto. Uma vez que o teste se aproxima, você vai se surpreender com o contínuo fluxo de estudo vai estar em sua mente nos dias que antecedem a avaliação. O conteúdo vai estar na sua cabeça do jeito que você aprendeu.

Durante a semana de provas, faça questão de dormir e acordar cedo para que possa se preparar sem pressa. Eu faço isso porque foi uma recomendação dos meus professores e mestres. Segundo eles, ter um bom sono dá boa vontade para os estudos e uma mente saudável. Outra dica é chegar cedo antes da avaliação.

Durante o teste, entenda as instruções bem e pergunte caso não tenha certeza. Assim, se sobrar algum tempo antes de entregar sua avaliação, sempre reveja suas respostas antes de entregar. Desta forma voce poderá ver alguns erros possíveis que possa ter esquecido.

Eliel Unglaub

20 de maio de 2011

Criatividade - Potencializando os estudos

O professor chegou à sala para uma aula diferente: Criatividade. A vibração dos alunos estava estampada em cada rosto. Seria uma aula diferente porque, afinal, todos gostariam de “se tornar criativos”. Foi quando as primeiras palavras daquele professor desiludiram a classe. “Aqui, ninguém aprenderá a ser criativo!”

Após o choque inicial – premeditado pelo professor – alguns alunos se manifestaram questionando qual seria o objetivo da aula. O mestre sorriu e afirmou: “Vocês já nasceram criativos, logo, vamos apenas desenvolver e potencializar ainda mais a criatividade”. Todos ficaram aliviados e perceberam que precisariam quebrar alguns paradigmas.

Então, o professor entregou a todos uma folha em branco de papel e desafiou: “O mais criativo ganhará uma caixa de chocolates”. Todos se entusiasmaram e rapidamente criaram algo com a folha. Um aluno fez um aviãozinho diferente. Outro desenhou o professor. Uma aluna fez uma dobradura em forma de cisne. Assim, cada um fez com a folha o que quis. Ao final do período, o professor anunciou que ninguém havia vencido o desafio. Ele não falou qual era o problema a ser solucionado pelos alunos.

Segundo ele, os alunos tentaram criar algo, mas não questionaram o objetivo. Logo, não havia como escolher o vencedor ou o mais criativo. O professor somente poderia afirmar que o cisne foi mais criativo que os demais se o problema fosse fazer uma dobradura para enfeitar sua mesa. Além disso, se os criadores soubessem por qual razão tinham um folha de papel em mãos, também, teriam criado dobraduras ao invés de desenhos, jogos, textos entre outras criações “inúteis” – já que não havia um propósito.

Perceba que a criatividade está ligada à solução de um problema, levando o criador a solução de forma inusitada, inovadora, enfim, surpreendente. Muitos acreditam que somente algumas pessoas extraordinárias nasceram com o dom especial da Criatividade. Não se iluda! De fato, ela não precisa ser aprendida, mas deve ser desenvolvida. Não importa em qual área do conhecimento, todos podemos encontrar soluções criativas para um problema.

Conforme crescemos, somos obrigados a ficar em fileiras, quadrados e escolher azul ou preto. Precisamos seguir as linhas e nunca fora delas. Mas, nunca se esqueça que você nasceu criativo, apenas “desaprendeu” com o tempo.

Para reverter isso, você vai aprender técnicas criativas de estudo e, mais importante, vai criar seus métodos personalizados, afinal não queremos “dar o peixe, sem ensinar a pescar”. Você vai re-aprender a explorar, experimentar e aprender com seus erros. Os estudantes criativos são aqueles que se antecipam e se preparam para o momento que serão testados. São aqueles que se preocupam com o que vão fazer para alcançar seus objetivos. O estudante criativo observa, cria e atua.

Delton Unglaub

As Vantagens e Desvantagens dos Grupos de Estudo

Os grupos de estudo são comumente utilizados por muitos estudantes para se prepararem para um debate em classe, exames ou uma apresentação de trabalho. Você também pode fazer tirar dúvidas e aprender novas ideias. Eu acredito que o grupo de estudo em alguns casos é uma necessidade para aprender eficazmente.

Em minha própria experiência um grupo de estudo me dá uma motivação para estudar e atualizar minhas leituras porque a maioria dos meus amigos me incentivam a me aprofundar ou me ensinam coisas que nunca havia pensado. O grupo também me ajuda a aprender novas idéias, bem como pontos importantes que eu perdi em minhas leituras. A maioria dos membros do meu grupo de estudo são muito abertos a partilhar o que sabem, por isso, eu também gosto de compartilhar alguma coisa.

Por outro lado, a desvantagem do grupo de estudo é a parte onde voce precisa se convencer para participar após uma aula cansativa ou durante seus horário de lazer. Compromisso entre cada membro é um aspecto importante no grupo de estudo. Você e seus companheiros de grupo têm de se afastar de outras atividades para estudar juntos. Para aderir a um grupo de estudo - ou não - é a sua própria escolha, pois existem pessoas que aprendem melhor quando estudam sozinhos. Se você acha que vai aprender de forma mais eficaz em grupo, vá em frente e aproveite a maneira divertida de aprender!

Delton Unglaub

19 de maio de 2011

Depoimento da professora Amanda Gurgel



Veja este video. Muito interessante.

Delton Unglaub

Melhore suas habilidades de escuta ativa!

Para melhorar suas habilidades de escuta ativa você deve prestar bastante atenção e manter o contato visual com seu professor enquanto você o escuta. É importante ouvir cada palavra que ele está dizendo durante a aula. Isto irá permitir que você desenvolva esta capacidade de aprendizagem e fazer o seu estudo se tornar mais eficaz.

Para desenvolver suas habilidades de escuta ativa voce precisa ser um bom ouvinte. E você pode ser um bom ouvinte, quando você consegue fazer todas as tarefas e leituras sobre o assunto que será abordado antes de ir à sua aula. É também uma obrigação sua, ler as anotações que voce destacou durante a aula anterior.

Escolha as ideias e temas interessantes que podem ajudá-lo a aprender as lições. Também é importante identificar a finalidade e o porquê você está ouvindo. Da mesma forma, também, é essencial que você ouça com uma mente aberta. Se o fizer, irá ampliar sua compreensão.

A atenção é um grande fator na melhoria da sua capacidade de ouvir. Certifique-se de que você está focando sua atenção no que o professor está discutindo. Participe com suas opiniões e ideisa na classe como um ouvinte ativo. Dessa forma você pode efetivamente pensar rapidamente e avaliar adequadamente as informações que está recebendo. A melhora da sua capacidade de escuta não vai acontecer durante a noite de forma mágica. Por isso, todo estudante precisatambém estar emocionalmente preparado para ouvir e desenvolver a escuta ativa sempre (de acordo com os passos acima).

18 de maio de 2011

Dicas para desenvolver um hábito de estudo eficiente

Ser estudante é difícil, mas divertido. É difícil porque temos de passar e, a fim de passar, temos de fazer trabalhos, projetos, relatórios, apresentações e passar nos testes e provas. No entanto, sendo um universitário ou um estudante na sua escola é divertido porque este é o momento em que nos é dada a liberdade para explorar, sair com os amigos e para ser nós mesmos.

É realmente importante para os alunos equilibrar os estudos e a vida social. Não é raro ver os alunos entrando em pânico um dia antes da avaliação. E eu acho que, a maioria dos estudantes, hoje em dia ,  dorme o insuficiente nos dias que antecedem a prova.

Com base em minhas experiências, é necessário apenas um pequeno esforço para que qualquer pessoa possa realmente desenvolver um hábito de estudo eficiente. O segredo é o separar um determinado tempo para estudar.

O primeiro passo é iniciar durante as aulas. Para isso, você precisa ouvir o seu professor e/ou gravar as partes mais interessantes ou difíceis em um pequeno gravador. Se a discussão ou aula não parece interessante, o foco pode ser em anotar para que você possa ter alguma coisa para pesquisar durante as revisões do conteúdo antes das avaliações.

Reserve pelo menos uma hora para estudar mesmo que você não tiver provas. Lembre-se que é mais fácil memorizar termos ou coisas que você vê frequentemente. Ao fazer isso, você realmente não precisa se preocupar ou ficar até tarde da noite estudando para o exame de amanhã.

Delton Unglaub

17 de maio de 2011

Aprenda a ouvir para trabalhar melhor em grupo

Livro ensina a pessoas trabalharem juntas e felizes a favor da empresa

"Hoje em dia, quando tudo precisa ser dito em cinco minutos ou em até 140 caracteres, as pessoas parecem estar perdendo a capacidade de dialogar", é o que diagnóstica Alkíndar de Oliveira, no livro "O Poder do Diálogo".

Fruto de três anos de treinamentos em empresas de diferentes áreas e portes, a obra indica os pontos fundamentais para qualquer profissional que deseje retomar o dinamismo e o domínio da linguagem oral, ferramenta essencial para troca de ideias com outros membros de sua equipe profissional.

O desenvolvimento de estratégias e soluções inteligentes de uma empresa, é certo, passa pelo diálogo e troca de informações entre os participantes. O consultor Alkíndar apresenta a teoria e mostra a metodologia na prática para impressionar o chefe em um mercado cada vez mais concorrido e com novas exigências.

O profissional destaca, entre outros tópicos, a importância de aprender a ouvir.

Leia orientação.

*

Em uma reunião ou em qualquer grupo de pessoas, é comum cometermos o erro de ficarmos pensando tão fixamente no que iremos falar que nos esquecemos de ouvir atentamente o que o outro está dizendo.

Essa atitude demonstra que estamos colocando o nosso ego em evidência. Se nos colocarmos a favor do foco ou do tema da reunião, primeiramente deveremos ouvir atentamente o que o outro tem a dizer, procurando refletir sobre a contribuição dele com o assunto-foco e, no momento oportuno, de forma sensata, contribuir com nossa opinião.

(...)

As perguntas que geram mais reflexão e iniciativa são "O quê?" e "Como?". Outras perguntas também são importantes são: "Quem?"; "Onde?"; "Quando?"; "O que mais?"; "O que você quer?"; "O que isso vai te trazer?"; "Como você poderia fazer isso?". Acrescente também a colocação: "Me diga mais...".

Para não parecer um interrogatório, as perguntas precisam ser entremeadas com simpática e produtiva conversa.

*

"O Poder do Diálogo"
Autor: Alkíndar de Oliveira
Editora: Planeta
Páginas: 168
Quanto: R$ 19,90

16 de maio de 2011

Atitudes do pesquisador inteligente

• Desenvolva sua curiosidade. Tenha a qualidade dos curiosos: vontade de ver; desejo de conhecer os segredos; paixão por coisas originais.

• Saiba classificar. O mundo globalizado divulga milhares de informações e as torna acessíveis através de diversos meios. Ter controle e facilidade de acesso as principais informações é essencial para que você amplie seu campo de visão e verifique se os conceitos são equivalentes.
• Acompanhe as descobertas. Diversas pesquisas são realizadas em todas as partes do mundo, todos os dias. Fique antenado porque as idéias surgem do acúmulo de conhecimentos.

• Seja persistente. Segundo Thomas Alva Edison nossa maior fraqueza é desistir.

• Tire conclusões. Para concluir algo você precisa de provas, fatos e experimentos. Portanto, baseie seus argumentos apenas em conclusões fortes e verdadeiras. A conclusão será feita sempre após o término de seu estudo. Nunca antes disso.

• Seja organizado. Ser organizado é uma habilidade que pode ser aprendida. A falta de ordem dos dados e de sua própria vida atrapalha o andamento e progresso de sua pesquisa.
• Não se apaixone cegamente por sua pesquisa. É importante ter interesse pelo tema de pesquisa escolhido, mas é necessário que você mantenha distância emocional do assunto. O segredo está em valorizar mais os dados objetivos e menos as opiniões durante a sua pesquisa.

• Seja proativo. O pesquisador proativo é aquele que tem iniciativa e não espera pelos outros. Não se contenta com pouco. Sua maior característica é a busca persistente da solução de um problema.

• Seja crítico. O pesquisador deve ser crítico e saber julgar os obstáculos. Sempre examine todas as possibilidades de um problema. Mas não censure os fatos que não parecem ter “nada a ver” com a solução.

• Planeje sua pesquisa. O planejamento é fundamental para o sucesso de uma pesquisa. É através dele que o pesquisador cumpre prazos, atinge metas e principalmente conclui a pesquisa em tempo hábil.

 Saiba organizar e programar cada etapa do trabalho, e boa sorte!

Fonte: 51 Atitudes para a pesquisa inteligente.

13 de maio de 2011

Faça um Projeto de Pesquisa em sua escola!!!

Sabemos que a mudança de atitude em relação a pesquisa não é fácil de realizar. Não vai acontecer da noite para o dia, mas precisa ser iniciada por alguém. Por estas e outras razões, elaboramos um manual que incentiva a prática da pesquisa desde a escola. O livro 51 Atitudes para a pesquisa inteligente, recentemente editado pela Casa Publicadora Brasileira, propõe o desenvolvimento de um projeto de pesquisa para que o aluno veja na pesquisa escolar uma forma de aprender mais e pensar melhor sobre sua carreira profissional. Seguem algumas idéias, caso você deseje criar um projeto de pesquisa em sua escola.

   1. Consiga o apoio de professores e diretoria para que orientem os alunos que desejam pesquisar assuntos diferentes de sua especialidade.
   2. Elabore um cronograma para o inicio e fim da pesquisa.
   3. Ensine a teoria da pesquisa. Isto envolve a história, os métodos e técnicas de pesquisa.
   4. Peça aos alunos que façam um “diário de bordo”. Devem falar sobre suas dificuldades, dúvidas e expectativas para o resultado final.
   5. Disponibilize recursos para a pesquisa. Crie uma parceria entre biblioteca e laboratórios.
   6. Organize os encontros entre alunos e orientadores da pesquisa.
   7. Auxilie na redação da pesquisa. Ensine as regras e normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas e Técnicas.
   8. Prepare o evento de apresentação dos trabalhos. Pode haver bancas de avaliação com autoridades, professores e pais. Além disso, é uma boa oportunidade de cobertura da mídia local. Os alunos podem se vestir formalmente e ter um dia diferente e marcante.

A pesquisa é algo complexo, porém, para a nova geração de estudantes está cada vez mais fácil. As Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC) trouxeram para dentro das nossas casas conceitos que antes estavam restritos a pesquisadores profissionais. As referencias bibliográficas, palavras-chave, resenhas, dissertações e etc. estão acessíveis por meio de motores da internet e o estudante pode pesquisar sobre diversos temas sem sair de casa. Um mundo realmente admirável e novo.

Novas Tecnologias da InformaçãoSão consideras NTIC’s, entre outras: os computadores, câmeras de vídeo e foto digitais, os HD’s, cartões de memória, pen drives, a telefonia móvel, a TV por assinatura, a internet, a captura eletrônica ou digitalização de acesso remoto (sem fio ou wireless), Wi-Fi, Bluetooth, etc.

11 de maio de 2011

Código de ética da escola

A sociedade brasileira acompanha pela mídia relatos terríveis de violência, impunidade e maus exemplos. Os veículos de comunicação são como espelhos do cotidiano a que estão expostos os cidadãos de bem em todas as partes do país. O tecido social dos brasileiros parece estar sendo esfacelado e reduzido a pó. Para mudar esse quadro é necessário uma conscientização coletiva e de ações que ajudem a minimizar esta triste realidade.
Não é difícil encontrar pessoas desorientadas e até professores desanimados com acontecimentos que  revelam falta de ética, cidadania e educação, não só da sociedade, mas de governantes e representantes do  povo nas casas legislativas. Parece que há um clamor geral por atitudes éticas, por uma postura verdadeiramente coerente, equilibrada e cidadã. De acordo com o Ministério da Educação, “aprender a ser cidadão é, entre outras coisas, aprender a agir com respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça,  não-violência; aprender a usar o diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na vida coletiva da comunidade e do país.

Esses valores e essas atitudes precisam ser aprendidos e desenvolvidos pelos alunos e, portanto, podem e devem ser ensinados na escola.” Diante desta realidade, e sabendo que a escola é o local ideal para  desenvolver práticas éticas e atitudes de cidadania, gostaria de sugerir que as escolas desenvolvessem um projeto para a criação de um Código de Ética da Escola, escrito e votado por professores, funcionários, mas principalmente por alunos. Estes devem ser completamente envolvidos no processo de criação do código, por meio de incentivos e muita motivação, a fim de que exerçam a prática da cidadania e o exercício da  democracia.
Para isso, algumas sugestões práticas podem ser avaliadas para a elaboração do Código de Ética da Escola: 

1. Estabelecer normas de conduta de forma coletiva. Ou seja, todas as regras e regulamentos devem ser  escolhidos e votados por todos os envolvidos no processo educativo, sejam professores, alunos ou funcionários.

2. Estimular a criação de um grêmio estudantil, para que os alunos possam aprender a atuar e viver em uma  sociedade livre e democrática.

3. Ajudar na composição de uma chapa para a formação de um grêmio de professores e funcionários, para  uma integração e participação mais efetiva no ambiente escolar.
4. Conseguir a participação permanente dos membros do Conselho Escolar.

5. Escolher um tema para os projetos da escola e para a realização de pesquisas e estudos, sem perder o  foco de toda ação educativa.
6. Desenvolver nos alunos o senso de responsabilidade, honestidade, veracidade e empatia para com os seus semelhantes.

7. Criar espaços para que a comunidade possa participar das ações comunitárias que a escola propuser.

8. Procurar sempre uma forma em que os conflitos sejam resolvidos pelo diálogo.

Antes de qualquer atitude, porém, é importante lembrar que a vida democrática não é construída em um dia nem por uma pessoa. Ela é  estabelecida diariamente pelo exemplo, determinação e esforço de cada pessoa que participa ativamente do processo educativo no ambiente escolar. O Código de Ética da Escola, sem dúvida, vai auxiliar neste processo.

Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

10 de maio de 2011

Responsabilidade, Respeito e Ética

Vivemos em plena pós-modernidade, onde o modelo atual de sociedade tem-se mostrado esgotado, pois a crise do capitalismo, as mudanças climáticas, as diferenças sociais e econômicas tem interferido na execução de programas educacionais que desenvolvem nos alunos os ideais de responsabilidade, respeito e ética. Neste contexto, é interessante salientar a importância da reflexão ética na educação, considerando o contexto da sociedade neoliberal que interfere diretamente na concepção de educação, na relação professor-aluno e no papel do professor.

A falta de respeito demonstrada pelos alunos, reflete muitas vezes, a própria falta de responsabilidade, respeito e ética dos próprios pais. Há pouco tempo, uma diretora de escola de educação básica descobriu que um de seus alunos estava fumando maconha. Com muito tato e educação conversou com a mãe do aluno demonstrando preocupação e interesse pelo bem estar do aluno, da família e da escola. Para sua surpresa a mãe demonstrou pouco caso e ainda disse: Qual é o problema? Ele fuma maconha comigo, eu mesma dou maconha para ele! A mídia tem mostrado que inúmeros professores têm sofrido com a falta de respeito dos alunos não somente dentro das quatro paredes da sala de aula, mas também nos corredores, pátio e até fora do ambiente escolar. Alguns confessam que têm medo de encontrar certos alunos na rua, pois temem sofrer represálias.

Vi recentemente numa publicação a seguinte charge: na primeira ilustração, em meados dos anos setenta, um casal estava conversando com a professora e discutindo sobre as notas de seu filho. Claramente estavam apoiando a professora e prometendo um castigo para o filho, afinal a professora estava com a razão e estava sendo respeitada. Na segunda ilustração, já no século XXI, o casal estava gritando com a professora perguntando como ela tinha dado uma nota tão baixa para seu filho. Nesse caso eles estavam desrespeitando a professora e ainda ameaçando com sua expressão verbal e corporal.

O desenvolvimento científico que mais afetou a ética, depois de Newton, foi a teoria da evolução apresentada por Charles Darwin. Suas ideias deram a base para o advento da chamada ética evolutiva. Esta dissemina a ideia de que a moral é o resultado simplesmente de hábitos adquiridos pela humanidade ao longo de sua evolução. Russell reivindicou a idéia de que os juízos morais expressam desejos individuais ou hábitos aceitos. Alunos equilibrados e plenamente integrados à sociedade seriam aqueles que participam da vida social e atuam de forma positiva para melhorar e mesmo mudar a realidade do ambiente em que vivem, sendo responsáveis e respeitosos. Ou seja, indivíduos éticos em toda a sua plenitude.

Para que isto aconteça, há um conjunto de preceitos morais que devem nortear a conduta do indivíduo em sua vida total, isto é, em tudo o que ele pensa e faz.   Estes preceitos morais devem contribuir para a formação de um ser humano equilibrado e ajustado que demonstra em sua vida altos índices de responsabilidade, respeito e ética. Contudo, para que o individuo seja um agente de transformações, ele precisa ser construído e formado continuamente dentro de um contexto educacional equilibrado e cristão. Assim, velhos paradigmas precisam ser substituídos por novos, onde não haja lugar para o preconceito e a discriminação, onde os ideais de fraternidade, respeito e compreensão sejam plenamente praticados.

Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

9 de maio de 2011

Professor: Agente construtor da ética


Sabe-se que a ética se preocupa com o comportamento moral dos homens em sociedade. Assim, em qualquer sistema educacional, os valores éticos devem permear aquilo que se procura ensinar. Essa responsabilidade é exigida não apenas no conteúdo do ensino, mas também como modelo e exemplo a ser seguido – a área de transmissão ética é ampliada para a vivência diária entre professor e alunos da escola. Ensinar e vivenciar a ética é, antes de tudo, uma verdadeira missão, especialmente para o educador cristão.

O efeito das palavras e atitudes do educador são claramente percebidos pelos estudantes com quem ele entra em contato. Neste sentido, é verdadeiro o antigo provérbio popular que diz o seguinte: “Seus atos falam tão alto que não consigo ouvir o que você fala.” Vê-se, portanto, uma íntima relação entre o ensino e a vivência da ética para a formação do caráter e da personalidade do aluno.

Segundo a educadora cristã Ellen G. White, no livro Conselho aos Pais, Professores e Estudantes, “os mestres têm a fazer por seus alunos mais que lhes comunicar conhecimento tirado dos livros. Sua posição como guias e instrutores dos jovens é por demais cheia de responsabilidade, pois lhes é dada a obra de moldar o espírito e o caráter.” Ele continua dizendo, que os professores devem prezar por um caráter equilibrado, maneiras finas, correção no vestuário, cuidado com os hábitos, bem como “possuir aquela cortesia cristã que conquista a confiança e o respeito. O professor deve ser aquilo que deseja que seu aluno se torne”.

Dessa forma, o professor que deseja realmente transmitir para os seus alunos algo essencial precisa, antes de tudo, cultivar o desprendimento, a generosidade, o altruísmo, a amor e a simpatia. Na prática, esses valores se traduzem por atos de gentileza, compreensão e compaixão genuína pelos alunos.

De acordo com o filósofo William Frankena, no clássico Ética, ainda existe outra preocupação importante. O professor atua na condição de agente que decide como agir em relação à ética e à moral. Cabe ao mestre levar o aluno a refletir sobre quem ele é, o papel que ocupa perante a sociedade e como suas ações interferem nos demais. Ele não é apenas agente da moralidade, mas também expectador, conselheiro, instrutor, juiz e crítico. E é nessa condição que os alunos avaliam os ensinos e as vivências dos educadores.

Sendo um professor cristão, as responsabilidades do educador se estendem à esfera espiritual, já que as Escrituras Sagradas expressam de maneira inequívoca a necessidade de ser o exemplo em tudo. O apóstolo Paulo em 1Tm 4:12 diz o seguinte: “Sê o exemplo dos fiéis na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza.”

Portanto, todo professor cristão é um verdadeiro educador, que deve falar, agir e atuar como representante dos princípios éticos e cristãos, tornando essa a sua verdadeira missão. Vale lembrar que ele deve agir assim não apenas no âmbito profissional, mas principalmente como ser humano responsável eticamente e também seguidor das verdades espirituais pregadas pelo mestre maior, Jesus Cristo.


Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

6 de maio de 2011

Educação estética

Um dos fundamentos da filosofia é a axiologia, e esta, por sua vez, se subdivide em ética e estética. Estética é a área da filosofia que estuda racionalmente o belo – aquilo que desperta a emoção estética por meio da contemplação e o sentimento que ele suscita nos homens. As origens da estética são muito remotas. Na época de Platão e Aristóteles, a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e o verdadeiro formavam uma unidade com a obra.

Sempre foi mencionado que a essência do belo pode ser alcançada identificando-o com o bom, tendo em conta os valores morais. Para Kant o juízo estético é oriundo do sentimento, e funciona no ser humano como intermediário entre a razão e o intelecto. Em realidade, a estética contempla o grau máximo da realização humana e dá-se quando o indivíduo alcança a plenitude de suas realizações, utilizando-se  da ética para regular seu comportamento social.

Tenho observado que alguns adultos referem-se aos adolescentes e jovens de hoje da seguinte forma: “Esse pessoal não tem bom gosto mesmo, olha o jeito que se vestem, veja o mau gosto que eles têm!” Estão se referindo, obviamente, ao gosto estético de escolher padrões de beleza em vários aspectos de sua vida, tais como o que vestir, o que ver, o que ouvir e até o que sentir.

E, então, eu pergunto: É possível trabalhar a estética na escola? Como isto é possível? É possível, sim, desenvolver um ser ético e estético na escola. Exatamente pelo fato de que por natureza somos seres estéticos, sensíveis e carregados de emoções e sentimentos.

Obviamente que para trabalhar a educação estética é preciso desenvolver no aluno o gosto pelas coisa belas, isto é, fazer com que o aluno deixe de lado idéias de modelos estéticos preestabelecidos, e descubra o belo em novas formas e novas nuances. A educação estética valoriza a efervescência da criação, a pluralidade da beleza e a altivez dos grupos humanos. Nesse contexto, o aluno precisa ter liberdade para criar, imaginar e desenvolver novas perspectivas, usando suas capacidades individuais e a interatividade com outros alunos e também  com os professores de sua escola.

Abordar a Educação Estética é aperfeiçoar a sensibilidade humana aprendente. Essa dimensão está relacionada aos  acontecimentos e vivências humanas. A sensibilidade deve estar atrelada ao uso da razão. Sem esquecer que a criatividade é matéria-prima indispensável para as realizações cognitivas superiores.

Na época em que vivemos, o pós-modernismo vincula o modelo do estético a uma cultura de dominação ideológica muito evidente, que se impõe muitas vezes à custa de  violência e prepotência. Nesse caso, desenvolve o desejo de poder ao invés de cooperação e entendimento.  Para aprimorar o senso estético é preciso trabalhar as questões sociais com as questões emocionais, que fazem parte da essência dos alunos.

Educar esteticamente é ensinar a ver, ouvir e interpretar a realidade criticamente. Por isso, a escola tem uma missão importante que é a de desenvolver nos alunos, através da música e das diversas manifestações da arte, uma visão equilibrada da estética. E esta, aliada à ética, a fim de que o aluno possa vivenciar a estética em todas as suas possibilidades.

Percebe-se, assim, que essa forma de educação prima pelo individual, pela sensibilidade, pela beleza em suas dimensões mais amplas. Concluindo, a educação estética não pode dissociar-se da educação ética, pois a junção destas proporciona o equilíbrio que o aluno precisa para ter uma vida saudável e feliz em todos os seus aspectos.

Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

5 de maio de 2011

O aluno e os valores

Desde que o aluno entra na escola ele começa a aprender e sedimentar valores que traz de casa. Esse processo envolve alguns passos importantes em relação aos valores que farão parte de sua vida para sempre.
Tudo começa com a aceitação de um valor. Isto é, quando o aluno adquire uma aceitação emocional de um determinado assunto, e toma uma posição própria como sendo plausível e adequada para sua vida. Depois disso, o aluno não apenas aceita o valor, mas se mostra comprometido e começa a procurá-lo e desejá-lo.
O aluno sente-se motivado e envolvido emocionalmente com este determinado valor e por isso demonstra um elevado grau de compromisso, de tal maneira que ele desenvolve comportamentos claros de entrega e submissão a estes valores.
Um exemplo claro disso é quando um aluno aceita o batismo, mesmo sem o apoio de seus familiares. Ele toma uma decisão e se mantém firme nesse propósito. O aluno não somente percebe o valor, como também responde aos estímulos que esse valor apresenta e, assim, ele adquire crença e sedimenta esse valor em sua vida. Isso faz com que seu comportamento se torne estável em relação aos valores adquiridos e incorporados, tanto em casa como na escola e em outros ambientes socializantes como a igreja, a vizinhança, o clube, etc. É por isso que vemos alunos com atitudes firmes e corretas, até mais que seus próprios pais. Por exemplo, o aluno que abomina o vício do cigarro de seus próprios pais e não aceita nem ao menos experimentar uma tragada de cigarro.
Em realidade, com o passar do tempo e do aprendizado, o aluno aprende a organizar sua própria escala de valores, na qual suas prioridades sejam muito evidentes e coerentes em sua mente. Assim ele passa a formar julgamentos próprios do que é certo e errado e passa a se sentir responsável por suas atitudes e por seu comportamento social e sua reputação no meio em que vive. Alguns alunos chegam a “dar sermões” em seus colegas, familiares e até em seus pais, demonstrando firmeza em seus valores.
Aliás, é exatamente isso que se espera do aluno, à medida que ele vai desenvolvendo e internalizando novos valores em sua vida: que ele tenha a sua própria visão de mundo (cosmovisão) e demonstre uma personalidade integral equilibrada (nos aspectos físico, mental, social e espiritual) e, enfim, que seja uma influência positiva em seu meio ambiente. Por isso, um conjunto equilibrado de valores é fundamental para o aluno ordenar o mundo complexo em que vive e interagir de forma coerente, consistente e madura.

Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

4 de maio de 2011

Ensinando Ética em meio `a crise

Vivemos, segundo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “a maior e mais grave crise da história republicana do País”. O conceito de honestidade, sinceridade e veracidade está em discussão em todos os cantos e, principalmente na mídia. Todos os meios de comunicação têm enfocado o tema em suas múltiplas facetas e constantemente trazido à tona o termo ética.

Diante da avalanche de informações, nossos alunos não são poupados e, mesmo crianças pequenas estão perguntando aos pais e professores o que significam termos como corrupção, propina, mensalão, e outros mais. Tem havido comentários mesmo entre colegas de classe sobre os últimos acontecimentos no cenário político brasileiro.

Com o acesso a todo tipo de mídia, os alunos são cidadãos mais informados do que muitos adultos, e vários deles estão interessados em saber informações consistentes e corretas a respeito do que está acontecendo em nosso país.

Sem poder negar a realidade dos fatos, como devem os professores adventistas agir? A meu ver temos pelo menos tres possibilidades:

1. Ignorar. Este é um caminho muito cômodo. Alguns professores pensam: "Este não é um problema meu. Não quero entrar no mérito destas questões. Política é sempre assim mesmo! Os políticos são todos iguais! Não adianta perder tempo com isto!"

Não discutir, não comentar com os alunos, não emitir juízo de valor, não é uma atitude correta. O professor adventista tem o dever moral e a responsabilidae ética de se pronunciar, de fazer defesa clara em favor da moral, da cidadania e da honestidade. Os alunos querem e precisam saber a opinião do professor quanto a estes assuntos tão relevantes. Afinal, a crise é grave e o professor não pode se omitir.

2. Crítica Negativa. Esta é uma atitude simplista, ou seja, fazer a crítica pela crítica. É fácil sair fazendo críticas em sala de aula, sem uma análise, sem um aprofundamento mínimo da grave crise que estamos vivenciando como nação. O aluno percebe o tipo de crítica que o professor está fazendo, por isso o professor deve ter cuidado de não incentivar a crítica negativa, pois ela não leva a nada, a não ser raiva, desilusão e desesperança. Além disso, este tipo de crítica, muitas vezes, revela pobreza de espírito e falta de conhecimento e de argumentos por parte de quem está criticando.

3. Crítica Construtiva. Essa é a crítica ideal. É aquela que aponta o erro e, ao mesmo tempo, ensina o que é correto. Comenta, analisa e mostra o caminho a ser trilhado.

A crítica construtiva é de fundamental importância para a educação e maturação dos seres em formação. Por seu caráter formativo, ela ajuda os alunos a ver não apenas o erro, mas também os acertos a serem buscados e alcançados como forma de mudar a situação vigente em nossa nação.

O professor, neste contexto, deve ser uma voz equilibrada e coerente, voz que denuncia e dá o exemplo. Aliás, exemplo é fundamental. É o que mais estamos precisando, nestes conturbados dias que estamos vivendo. E não nos iludamos, é exatamente isso que nossos alunos esperam. Nada mais nada menos que isso.

Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

3 de maio de 2011

Professor americano ensina a paz por meio da guerra

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

A aula começa com a leitura de uma passagem de "A Arte da Guerra", livro milenar do chinês Sun Tzu. Na sequência, os alunos pulam das cadeiras para confabular entre si. Afobados, discutem como resolver o aquecimento global, o preço do petróleo, invasão de terras. O sino toca e a aula acaba, assim como mais um capítulo do "Jogo da Paz Mundial".

Crianças aprendem sobre cooperação em jogo

Trata-se de um jogo de simulação política inventado há mais de 30 anos pelo professor de escolas públicas John Hunter, 56, premiado por instituições americanas e foco de um documentário recente, "World Peace and other Fourth-Grade Achievements" (algo como "a paz mundial e outras conquistas da quarta série").

Os estudantes recebem cargos como de primeiro-ministro e secretário-geral da ONU, escolhem seus gabinetes, e todos juntos estudam um dossiê de 13 páginas com 50 crises que precisam ser resolvidas até o final do jogo.

Hunter, que também dá aulas de design industrial e computação, criou em 2010 uma fundação para disseminar os conceitos do jogo e, num futuro, treinar outros professores. Em julho, fará uma simulação para docentes de Boston e outros interessados que o assistiram no TED, um evento fechado de especialistas de várias áreas que aconteceu no mês passado.

FOLHA: Em 30 anos, como foi mudando o objetivo do jogo?

HUNTER: No começo eram apenas os requerimentos básicos da escola. Mas foi ficando mais desafiante. Tento colocar todos os problemas possíveis, realmente inundo os alunos com informações. São questões complicadas, misturadas, para que eles percebam como tudo está conectado. Quero que eles tirem deste jogo uma ferramenta criativa ou crítica para usar no mundo, e quem sabe melhorá-lo.

Vendo as crianças negociar como líderes, o que os adultos têm a aprender?

Eles não têm muita experiência de vida e camadas de ego. Então têm uma abordagem mais fresca, ingênua e parecem ter um instinto natural de fazer o bem. Esquecem mágoas rapidamente. É o que chamo de compaixão espontânea. Demonstram isto para alguém que está com problemas, até mesmo o inimigo. Na criatividade, eles têm uma sabedoria coletiva. Ninguém consegue resolver o jogo sozinho.

Como o senhor escolhe os líderes?

Ofereço os cargos, eles não precisam aceitar. Passo um longo período pensando sobre quem realmente precisa deste desafio ou quem é bom nisto e precisa de mais. Faço uma suposição do que eles precisam baseada na minha relação com eles. Mas eles escolhem seus times. E digo sempre: "não pense apenas no seu melhor amigo, mas quem irá fazer esse trabalho da melhor maneira possível".

O que acha que eles teriam feito numa situação como a Líbia?

Nunca consegui prever o que eles fariam. Tenho meus credos, minha filosofia, mas eles sempre vão fazer algo completamente diferente do que eu considero correto. E, no final, era mesmo a melhor ideia. A sabedoria coletiva deles é muito melhor do que a minha sozinha. Sou apenas um facilitador, os alunos mandam no jogo, eu não tenho o poder de refazer regras uma vez que o jogo começa.

Já cruzou com pequenos tiranos?

Sim, acabamos de ter uma situação desta. Fiquei com medo de que o estudante fosse destruir o jogo, era muito arrogante, criava problema sem razão, causou um tremendo desastre com um incêndio numa plataforma de petróleo. Mas a sabedoria coletiva cuidou do caso. Ele foi tirado do jogo e levado a tribunal pelos estudantes. Ele se desculpou, houve votação e ele acabou voltando. E mudou sua atitude completamente.

Era um típico valentão ["bully", em inglês]?

Acreditamos que um valentão é alguém que acha que pode fazer o que quiser, mas eles seguem as regras, submetem sua personalidade ao jogo. Já fiz algo contraintuitivo e escolhi um para ser primeiro-ministro. Foi chocante. Ele declarava guerra contra todos. Foi tirado do jogo depois de quatro golpes de estado. Acabou exilado.

Os alunos consideram terminar todas as vezes?

Apenas uma vez perdemos o jogo e isto partiu meu coração. Não ensaiamos o suficiente as técnicas, e eles não eram meus estudantes, não tinha uma relação com eles. Alguns alunos tinham problemas pessoais com outros e eu não sabia. Se eu for treinar outros professores para fazer isto, é preciso que eles tenham uma relação com os estudantes. Não precisa ser perfeita, mas tem que saber a quem oferecer os cargos. É delicado.

Como o jogo impacta o desempenho acadêmico dos alunos?

Gosto de acreditar que eles se tornarão pensadores mais críticos e mais criativos depois do jogo. Que terão habilidade e força para recolher informações antes para evitarem tomar decisões de forma impulsiva. Que desenvolverão a capacidade de manterem-se focados na solução de problemas e em investigações evitando distração e outra forças dissipadoras. E apesar de a compaixão não ser considerada dentro das habilidades acadêmicas, espero que as crianças possam crescer com o aprendizado desse sentimento para com os outros.
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