29 de abril de 2011

A influência da religião na prática da ética

A religião sempre esteve presente na vida dos seres humanos. Desde os tempos imemoriais a humanidade tem sido influenciada pela religião através de crenças, leis e rituais direcionados a um ser supremo. 

O homem sente a necessidade de ligação com algo que lhe seja superior, poderoso e infinito. Pesquisas recentes realizadas na área da neurologia têm demonstrado, através de inúmeras fotos de alta resolução, que o cérebro é ativado de diferentes formas quando se relaciona com o infinito.
Através da ética, o homem usa sua consciência para apoiar e direcionar suas ações, na constante busca em distinguir entre o bem do mal. A própria vida em sociedade requer a prática de ações coerentes. Antigamente, os filósofos gregos já inculcavam na mente dos alunos a prática de se relacionar com o “outro”. Através da religião, o homem usa sua consciência para se apoiar no Ser Superior que lhe concedeu a vida e promete, ainda, vida eterna.
Há uma constatação pragmática de que as pessoas mais felizes e mais úteis desenvolveram uma vida harmoniosa baseada na religião e na ética. A própria convivência harmônica do indivíduo em sociedade é, muitas vezes, o resultado das práticas religiosas que definem o modo de vida e regem a conduta.
Tenho percebido nos meus longos anos de experiência em sala de aula, que muitos alunos buscam na religião a força de que necessitam para cumprir as leis e as regras que a sociedade lhes impõe. E, através do convívio com outros alunos, que também vivenciam as mesmas lutas e dificuldades, encontram força e ânimo para praticarem a ética em sua vida acadêmica e privada.  Além disso, o exemplo de vida de professores e mestres ajuda determinar o comportamento de muitos alunos, que enxergam no professor o modelo de vida que gostariam de ter. Este exemplo irá se refletir inclusive na vida profissional destes alunos.
Para que o aluno possa se transformar num profissional competente e ético, é preciso que ele aprenda a cultivar alguns hábitos simples, mas que no futuro podem fazer muita diferença como, respeitar os professores e os colegas, procurar sempre se espelhar nos melhores exemplos e empenhar-se para viver de acordo com os princípios morais que escolheu para viver. Para isso, a religião serve de guia e sustentação, pois ela mostra o caminho que se deve seguir e é pautada por ensinamentos e preceitos encontrados nos escritos sagrados.
É interessante notar que no cristianismo os ideais éticos se identificam com os religiosos. Afinal, o próprio S. Tomás de Aquino afirmou que “a consciência moral é a voz interior que nos diz que devemos fazer o bem e evitar o mal”. Essa consciência é ativada, além de tudo, pelas experiências de vida que o aluno trás em sua bagagem como, os ensinamentos de seus pais, o exemplo dos professores e o trabalho realizado pela igreja.  Portanto, a religião é baseada em leis morais conectadas a leis espirituais. Por isso, há uma íntima relação entre moral, ética e religião, sendo que a influencia da religião determina o equilíbrio moral e o alto padrão ético da conduta.
Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

28 de abril de 2011

Ética, cidadania e inclusão social

Moacir Gadotti, educador brasileiro e presidente do Instituto Paulo Freire, disse o seguinte: “Se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação social, também é verdade que essa transformação não se efetivará nem se consolidará sem a educação.”

No mundo em que vivemos nenhum país supera o atraso e as desigualdades sociais sem focar a ética, a moral e a cidadania para atingir o pleno desenvolvimento de seu povo. Para o exercício da moral, temos a ética como conseqüência e a cidadania como resultado. Contudo, somente haverá cidadania se o povo exercer de forma clara e autêntica a solidariedade, a tolerância, o respeito, a justiça, a generosidade, a compaixão, o amor nas relações humanas e a fraternidade entre as nações, povos e religiões.

Para que isso aconteça, tanto as ações sociais incentivadas pelo governo, como aquelas exercidas pela iniciativa da própria sociedade devem convergir para um mesmo vértice, isto é, tornar a sociedade mais consciente, proativa e responsável.

Algumas dessas ações poderiam ser as seguintes:

1. Investimento maciço em capital humano, que é o bem mais precioso de qualquer nação;

2. Ações de fortalecimento da cidadania, por meio da participação popular e do controle social;

3. Ações voltadas à inclusão social das populações marginalizadas, com foco na geração de emprego e renda.

Nessa linha de pensamento, a escola é o espaço ideal de construção de conhecimento e reflexão crítica sobre a realidade da comunidade em que está inserida. Isso pode acontecer porque a escola proporciona situações de aprendizagem, que possibilitam a participação do educando no processo de construção da cidadania e de consciência de seus direitos e deveres como cidadão.

Até mesmo o conhecimento sobre a gestão pública pode ajudar o cidadão a ter uma visão mais próxima do que seja uma sociedade justa e equilibrada. O combate à corrupção, o fortalecimento da ética na administração, a reflexão sobre as práticas sociais podem melhorar o perfil dos membros de uma sociedade de tal maneira que haja condições para a diminuição das desigualdades sociais e a construção de uma sociedade ética e com mais igualdade social.

Portanto, todos os cidadãos de bem: professores, diretores, coordenadores, pais e alunos devem se mobilizar para que a sociedade consiga atingir um ótimo nível de desenvolvimento humano e social.

Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

27 de abril de 2011

O Legado

A maior herança que um pai, uma mãe ou um professor podem dar aos filhos e alunos é o legado da ética e da moral. Nada substitui esta herança, por que é ela que vai dar sustentação ‘a família e ‘a Nação! 

Legado é uma palavra forte e cheia de significado. Simboliza o que se recebeu ou deixou a outrem ou ‘a posteridade. Também significa transmitir ou deixar bens e tradições. Deixar como legado em testamento, isto é, por escrito, em palavras claras e específicas. Quando uma pessoa morre, às vezes, a gente ouve o seguinte: “o legado que ela deixou vai ficar para sempre como uma demonstração de coragem, lealdade e tenacidade”.

O legado é algo que não se compra na esquina, é algo que não pode ser vendido, mas sim deixado como herança para a futura geração. Deixar uma herança é garantir valores, tradição e uma base de sustentação para os herdeiros. Quando a herança é traduzida apenas em valores monetários, através de um bem, seja ele móvel ou imóvel, esta pode ser passageira e fugaz, já que temos visto herdeiros dilapidando a herança em pouco tempo e ficando sem nada do que herdaram. Já o legado da ética e da moral é muito mais eficaz, porque é duradouro e insubstituível. Ninguém pode tirar essa herança, porque é algo transmitido de forma específica e direcionada aos herdeiros.

Então poderíamos questionar: Como podemos nós, pais e professores transmitir um legado de honradez, lealdade, veracidade, firmeza e tenacidade? Bem, a resposta é simples: através de nosso exemplo. No dia-a-dia da sala de aulas, do ambiente familiar, nas transações comerciais, na igreja, na rua, enfim, em todos os lugares e em todas as situações!

Além de dar o exemplo em todas as situações do cotidiano, o legado da ética e da moral pode ser algo a ser ensinado em sala de aula e em casa. Um exemplo dessa possibilidade se dá quando o aluno pergunta sobre algum fato ou situação ocorrida na política nacional, ou sobre um tema considerado polêmico.  Normalmente o aluno quer saber a opinião do professor. Nesse caso o professor deve aproveitar a oportunidade para expor sua opinião e demonstrar sua posição de forma clara e cristalina. O aluno precisa sentir firmeza e segurança, exatamente para que ele sinta que tem um modelo a seguir e muitos erros a evitar!

Em casa ocorre o mesmo que na sala de aula, o legado da ética e da moral pode acontecer numa conversa informal entre pais e filhos. O filho pode querer saber a opinião dos pais sobre certo assunto e os pais não devem deixar passar essa oportunidade de jeito nenhum.

Como podemos perceber, o legado é transmitido de forma imperceptível e, muitas vezes, estamos ensinando valores éticos e morais, sem ao menos perceber. Isto é muito interessante porque, ao agirmos de forma espontânea, nosso aluno vai perceber isso, o será considerado por ele de muito mais valor para o futuro de nossos alunos.   

Portanto, nossa responsabilidade como pais e mestres é de uma dimensão inimaginável, pois estamos construindo o futuro, através de nossas ações e de nosso exemplo. E então, mesmo com todo o progresso e com todas as novas tecnologias, nosso legado será o legado da ética e da moral para uma sociedade com mais honradez, lealdade, veracidade, firmeza e tenacidade. Enfim, uma sociedade mais justa e melhor!

Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

26 de abril de 2011

Jovens querem aprender ética na escola

Em uma recente pesquisa realizada pela empresa Voltage em seis capitais brasileiras, os jovens revelaram que gostariam de ter aprendido ética na escola. O estudo qualitativo teve o objetivo de verificar a percepção do grupo sobre cidadania e política. 

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, veiculador da pesquisa, os estudantes se queixaram da falta de espaço e tempo na escola para discussão dessas questões, revelando que isso acaba ocorrendo apenas em casa, quando ocorre.

A escola é um espaço altamente favorável para se ensinar e discutir ética, especialmente porque é um ambiente coletivo, tanto social como  cultural. A interatividade e a multidisciplinaridade inerentes ao próprio ambiente favorecem o ensino teórico e a vivëncia prática da ética no cotidiano escolar. Os alunos refletem em suas ações diárias o que aprendem em casa e na escola e isto torna-se um elemento educativo para toda a comunidade escolar.

Um outro detalhe importante revelado pela pesquisa, mostra que os jovens gostariam de ter mais exemplos práticos nos quais se espelhar, pois eles têm consciência de que não são tão bons cidadãos e gostariam de melhorar sua postura ética. Um deles chegou a afirmar que “estudar ética na escola é tão importante quanto português e matemática, o período escolar é justamente quando estamos formando nosso caráter”. Como podemos observar, os próprios jovens estão percebendo que há a necessidade de ensino prático e modelos vivos, os quais os estudantes possam seguir.

A mídia brasileira tem procurado mostrar aos jovens modelos que são jogadores de futebol ou atores conhecidos, especialmente para vender artigos e bens de consumo. Entretanto, não tem se preocupado em revelar jovens comuns em ações práticas de ética e cidadania.

Boas ações e boas práticas deveriam ser enaltecidas tanto em casa, como na escola e também na mídia. Isto ajudaria os jovens a ter exemplos práticos e modelos a seguir. É por isso que a educação adventista insiste em conscientizar seus professores de que eles são exemplo para seus alunos, e que estes os imitam mais do que eles pensam ou sabem.

Felizmente há muitas escolas adventistas que disponibilizam um espaço de tempo adequado para as discussões sobre ética e práticas cidadãs. Nesses momentos são feitos debates e discutidos problemas do dia-a-dia dos alunos. Os momentos gastos com essa prática se tornam altamente compensadores, pois os alunos estarão efetivamente sendo “formados em ética e cidadania”.

Um exemplo prático de como pode ser trabalhada a idéia de coletividade e respeito ao outro é a de um colégio que realiza assembléias quinzenais onde os próprios alunos determinam as regras a serem seguidas para si mesmos. Antes da atividade, eles completam três frases que dão origem ao debate:  “Eu critico...”, “Eu felicito...” e “Eu gostaria de discutir...”  Os alunos então participam da reunião, onde refletem sobre o que é certo, o que é errado e para quem é certo e errado. Os resultados são animadores e bem que poderiam ser imitados por muitas outras escolas.

Eliel Unglaub
Revista Escola Adventista

25 de abril de 2011

Estilo de letra ajuda na memorização e aprendizado, diz estudo

DO "NEW YORK TIMES"
É mais fácil se lembrar de um novo fato se ele for escrito em uma letra comum ou em letras grandes e grossas? A resposta: nenhuma das opções. O tamanho da fonte não tem qualquer efeito sobre a memória, embora a maioria das pessoas ache que maior é melhor. Já o estilo da fonte, esse faz diferença.

Uma nova pesquisa mostra que as pessoas retêm significativamente mais informação --seja ciência, história ou linguagem-- quando estudam em uma fonte que seja não só desconhecida, mas também de difícil leitura.  Novo estudo mostra que pessoas guardam mais informações quando estudam com letras em uma fonte difícil de ler. Num recente estudo publicado na revista "Cognition", psicólogos de Princeton e da Universidade de Indiana fizeram 28 homens e mulheres ler sobre três espécies de alienígenas --cada um com sete características, como "possui olhos azuis" e "se alimenta de pétalas e pólen".

Metade dos participantes estudou o texto na fonte Arial tamanho 16, e a outra metade em Comic Sans MS ou Bodoni MT tamanho 12. As duas últimas são relativamente desconhecidas e mais difíceis para o cérebro processar. Após uma rápida pausa, os participantes fizeram uma prova. Aqueles que haviam estudado nas fontes de leitura difícil obtiveram resultados melhores do que os outros --em média, 85,5% a 72,8%.
Para testar o conceito na sala de aula, os pesquisadores conduziram um grande experimento, envolvendo 222 alunos numa escola pública de Chesterland, Ohio.

Um grupo recebeu todo seu material complementar para os cursos de inglês, história e ciência alterado para uma fonte incomum, como a Monotype Corsiva. Os outros estudaram com o material de sempre.
Após o término das aulas, os pesquisadores avaliaram os exames relevantes de cada sala. Conclusão: alunos que usaram o material com letras estranhas tiveram resultados significativamente melhores do que os outros, em todas as disciplinas --particularmente em física.

Um outro estudo a ser publicado neste ano na revista "Psychological Science", conduzido pelo psicólogo Nate Kornell, do Williams Colleg, reuniu participantes que estudaram uma lista de palavras impressa em fontes de variados tamanhos e julgaram a probabilidade de se lembrarem delas num teste posterior. Eles se sentiram mais confiantes em lembrar das palavras impressas em letras grandes, avaliando o tamanho da fonte (facilidade de processamento) como mais importante para a memória --mais importante até mesmo do que a prática repetida. Mas experimentaram exatamente o oposto. Em testes reais, o tamanho da fonte não fez nenhuma diferença, afirma o estudo.
________________________________
Obs: Estudos mostram que a parte central do cérebro tende a dar menos importância para o que é conhecido por ele. Logo, alterar a fonte do texto que voce está estudando ajuda a fazer com que sua mente retenha melhor o conteúdo, pois a nova fonte vai despertar sua mente para a nova forma de leitura. Por isso, o segredo é sempre inovar sua maneira de estudar para que seu cerebro esteja sempre estimulado a guardar as novas informações.
Delton Unglaub

22 de abril de 2011

Autoridade x Autoritarismo

Acredito que muitos professores confundam Autoridade com Autoritarismo. O professor que tem autoridade é uma influência bastante positiva para os alunos, ao contrário do que depende apenas do autoritarismo. Este professor precisa ser bastante carismático e acessível. 

As aulas devem ser bastante envolventes e o conteúdo ensinado de forma leve e interessante. Ou seja, a qualidade a ser desenvolvida pelo professor é a comunicação para, assim, conseguir explicar a teoria e, ao mesmo tempo, trazer casos práticos para que o conteúdo seja explanado da melhor forma possível. 

Um bom recurso é o uso de histórias e exemplos constantemente. As ilustrações devem ser sempre pertinentes ao contexto do aluno. Desta forma a autoridade profissional é quando o professor tem o domínio da matéria que ensina. Utiliza os métodos e procedimentos de ensino adequados ao seu público. Tem a capacidade de controlar e avaliar os trabalhos dos alunos. Por isso, esta autoridade deve ser algo a ser cultivada.  Isto é bastante interessante, pois transforma a sala de aula em um exercício bastante real. As aulas podem disponibilizar um apoio visual (Power point, vídeos e ilustrações) bastante fortes e estimulantes ao aprendizado.

Par aplicar a autoridade moral o professor precisa de um conjunto de qualidades de personalidade. O professor que possui dedicação profissional, sensibilidade, senso de justiça e traços de caráter consegue promover um conteúdo moral. Por exemplo, através de debates que promovam discussões de determinados assuntos polêmicos. Nestes debates, apesar de nem sempre estarem na ementa da disciplina, o objetivo é falar sobre ética e moral. O professor pode trazer, também, vários textos para que os alunos possam argumentar e refletir. Outra dica é a realização de dinâmicas ou a apresentação de videos. Elas ajudam no aprendizado sobre nuances de liderança e pesquisa.

autoridade técnica é muito bem desenvolvida com um conjunto de capacidades, habilidades e hábitos pedagógicos e didáticos necessários para dirigir com eficácia a transmissão e assimilação de conhecimentos aos alunos. Os métodos de ensino do professor que deseja desenvolver esta autoridade devem ser bastante criativos. Envolvendo informações que não são encontradas nos livros e são oriundas da experiencia do professor. Um exemplo negativo que atrapalho o professor é o cacoete lingüístico. 

Certa vez, alguns alunos contaram o número de vezes que um professor falou: não é? ou Certo? e o professor ficou bastante surpreso quando soube deste problema de oratória. Portanto, a oratória faz parte da qualidade técnica do professor e aquele que não se aperfeiçoa neste quesito não consegue ter uma autoridade técnica. O Autoritarismo pode ser utilizado em sala de aula, porém em poucas ocasiões. Pois, este autoritarismo serve para controlar a disciplina e o respeito para com  o professor. Por exemplo, quando alunos estão conversando e atrapalhando a aula. 

O professor precisa alertar aos alunos e pedir respeito para com os demais colegas. Acredito que o professor que conseguir dominar de forma equilibrada estas três autoridades e o autoritarismo será, para mim, um grande modelo de professor. Ele pode ser um amigo fora da sala de aula e ainda conseguir passar o conteúdo de forma que os alunos o respeitem como “autoridade”.

Delton Unglaub

21 de abril de 2011

Pesquisa sobre população com diploma universitário deixa o Brasil em último lugar entre os emergentes

21/04/2011 - 17h09
Amanda Cieglinski
Da Agência Brasil
Em Brasília

11% dos brasileiros com idade entre 25 e 64 anos têm ensino superior

Para concorrer em pé de igualdade com as potenciais mundiais, o Brasil terá que fazer um grande esforço para aumentar o percentual da população com formação acadêmica superior. Levantamento feito pelo especialista em análise de dados educacionais Ernesto Faria, a partir de relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e o 

Desenvolvimento Econômico), coloca o Brasil no último lugar em um grupo de 36 países ao avaliar o percentual de graduados na população de 25 a 64 anos. Os números se referem a 2008 e indicam que apenas 11% dos brasileiros nessa faixa etária têm diploma universitário. Entre os países da OCDE, a média (28%) é mais do que o dobro da brasileira. O Chile, por exemplo, tem 24%, e a Rússia, 54%. O secretário de Ensino Superior do MEC (Ministério da Educação), Luiz Cláudio Costa, disse que já houve uma evolução dessa taxa desde 2008 e destacou que o número anual de formandos triplicou no país na ultima década.

“Como saímos de um patamar muito baixo, a nossa evolução, apesar de ser significativa, ainda está distante da meta que um país como o nosso precisa ter”, avalia. Para Costa, esse cenário é fruto de um gargalo que existe entre os ensinos médio e o superior. A inclusão dos jovens na escola cresceu, mas não foi acompanhada pelo aumento de vagas nas universidades, especialmente as públicas. “ Isso [acabar com o gargalo] se faz com ampliação de vagas e nós começamos a acabar com esse funil que existia”, afirmou ele.

“O importante é que o ensino superior, hoje, está na agenda do brasileiro, das famílias de todas as classes. Antes, isso se restringia a poucos. Observamos que as pessoas desejam e sabem que o ensino superior está ao seu alcance por diversos mecanismos", disse o secretário.

Os números da OCDE mostram que, na maioria dos países, é entre os jovens de 25 a 34 anos que se verifica os maiores percentuais de pessoas com formação superior. Na Coreia do Sul, por exemplo, 58% da população nessa faixa etária concluiu pelo menos um curso universitário, enquanto entre os mais velhos, de 55 a 64 anos, esse patamar cai para 12%. No Brasil, quase não há variação entre as diferentes faixas etárias.
O diagnóstico da pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) e especialista no tema Elizabeth Balbachevsky é que essa situação é reflexo dos resultados ruins do ensino médio. Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio. A maioria ou ainda não saiu do ensino fundamental ou abandonou os estudos. “Ao contrário desses países emergentes, a população jovem que consegue terminar o ensino médio no Brasil [e que teria condições de avançar para o ensino superior] é muito pequena”.

Como 75% das vagas em cursos superiores estão nas instituições privadas, Elizabeth defende que a questão financeira ainda influencia o acesso. “Na China, as vagas do ensino superior são todas particulares. Na Rússia, uma parte importante das matrículas é paga, mas esses países desenvolveram um esquema sofisticado de financiamento e apoio ao estudante. O modelo de ensinos superior público e gratuito para todos, independentemente das condições da família, é um modelo que tem se mostrado inviável em muitos países”, comparou ela.

A defasagem em relação outros países é um indicador de que os programas de inclusão terão que ser ampliados. Segundo Costa, ainda há espaço – e demanda – para esse crescimento. Na última edição do ProUni, por exemplo, 1 milhão de candidatos se inscreveram para disputar as 123 mil bolsas ofertadas. Elizabeth sugere que os critérios de renda para participação no programa sejam menos limitadores, para incluir outros segmentos da sociedade.

“Os dados mostram que vamos ter que ser muito mais ágeis, como estamos sendo, fazer esse movimento com muita rapidez porque, infelizmente, nós perdemos quase um século de investimento em educação. A história nos mostra que a Europa e outras nações como os Estados Unidos e, mais recentemente, os países asiáticos avançaram porque apostaram decididamente na educação. O Brasil decidiu isso nos últimos anos e agora trabalha para saldar essa dívida”, disse a pesquisadora.

20 de abril de 2011

Como Encontrar um Mentor?

A pergunta é: como encontrar um mentor? Encontrar essa pessoa é um desafio, seja no caso de querermos mentorear alguém ou ser mentoreado. As dicas a seguir focalizam na procura de um mentor, mas muitas delas também se aplicam à procura de pessoas que poderíamos mentorear. Adapte elas para sua realidade!

Possivelmente a maior razão porque líderes não tem mentores é porque não conseguem encontrar a pessoa certa. Nesse caso, os seguintes passos podem ajudar.

1. Dedique um tempo para fazer isso. Peça ajuda a Deus. Faça isso em cada passo a seguir também.

2. Se auto-avalie para discernir se você tem algumas características que impedem que as pessoas queiram lhe mentorear. Pergunte para algumas pessoas de confiança sobre isso.

3. Anote os nomes dos três melhores candidatos, sabendo que nenhum é perfeito e que voce pode precisar de uma pessoa que lhe ajude mais em sua vida pessoal, espiritual, emocional e conjugal e outra pessoa para ser um mentor ou líder na área profissional ou educacional.  Este exercício quebra a barreira de pensar que não existe ninguém bom o suficiente. Demonstra que nenhuma das três opções é perfeita, podendo assim diminuir um pouco as expectativas de alguém ser o “Salvador da Pátria”. Na seleção dos discípulos, Jesus usou vários processos que se aplicam bem à procura de alguém no qual investir para mentorear. A seguir esses princípios são adaptados para olhar da perspectiva de alguém que procura um mentor.
  • Encontros pessoais: busque alguém que possa lhe passar sabedoria e direção e peça a Deus para ajudar esta pessoa a lhe ajudar.
  • Padrões semelhantes: busque alguém que tenha a mesma visão, compromisso e ritmo de vida (disponibilidade) que seja semelhantes ao seus.
  • Altas exigências: busque alguém que enxerga adiante e o levaria a crescer em áreas que são importantes para você - mesmo que você precise pagar um preço por isso.
  • Respondendo bem à voz desta pessoa: busque alguém que voce tenha uma ligação espiritual e esteja disposto a ouvir a voz desta pessoa com seriedade além das muitas outras vozes ao seu redor.
4. Priorize as pessoas na lista, quanto a quem você acha que poderia ser a mais indicada, segunda mais indicada e assim em diante. Considere especialmente a facilidade que você teria para se encontrar com essa pessoa.

5. Procure a primeira pessoa em sua lista, propondo a ela esta possibilidade de mentoreamento durante um tempo determinado, como, por exemplo 15 dias. Se a experiência for positiva, marque um encontro inicial para dar seqüência no início de uma relação formal de mentoria.

6. Procure eliminar quaisquer barreiras que impedem que um relacionamento de mentoria dê certo.

7. Se com o passar do tempo você perceber que não está dando certo, procure outra pessoa em sua lista. Continue buscando, até que voce possa se relacionar com alguém que realmente corresponda. 

Eliel Unglaub

18 de abril de 2011

As 13 características das Pessoas de Sucesso

by Marcio Miranda

Eu passei muitos anos estudando pessoas de sucesso e tenho identificado conhecimentos, talentos e características que as ajudam a serem bem sucedidas. Estudando estes conhecimentos, talentos e características, você irá perceber que você também os possui. Alguns desses conhecimentos e talentos são mais visíveis do que outros e influenciam o seu comportamento, fazendo você ter sucesso na sua vida profissional. São coisas que você faz bem, sem esforço e de maneira eficaz. Eles são sua força, seu poder.

Quando você percebe que precisa de um conhecimento ou talento que não tem, procure alguma pessoa ou um grupo que tenha esse conhecimento ou talento, e desenvolva o que você precisa. Procure por conhecimentos e talentos que lhe complementem. Estas pessoas se tornarão companheiros de equipe, parceiros, colegas de trabalho, consultores e amigos. Com a combinação destes conhecimentos as empresas crescem, prosperam e se tornam bem sucedidas.

Estas são as cinco coisas que você encontrará em comum em todas as pessoas de sucesso:
1. Elas têm um sonho.
2. Elas têm um plano.
3. Elas têm um conhecimento ou treinamento específico.
4. Elas trabalham com afinco.
5. Elas não aceitam “não” como resposta.

Lembre-se: Sucesso começa na sua mente. Você deve acreditar que será bem sucedido para obter o sucesso. A seguir veja uma lista de conhecimentos, talentos e características que você encontrará em pessoas de sucesso.

1. Pessoas de Sucesso Têm um Sonho
Elas tem propósitos pré definidos. Elas têm uma meta definida. Elas sabem o que querem. Elas não são facilmente influenciadas pelos pensamentos e opiniões dos outros. Elas têm força de vontade. Elas têm idéias. Elas têm fortes fixações por grandes resultados. Elas se desafiam e fazem coisas que os outros dizem que não podem fazer.
Lembre-se: É necessário apenas uma idéia para alcançar o sucesso.
Lembre-se mais: Pessoas que vencem na vida são aquelas que produzem resultados, e não desculpas. Qualquer um pode aparecer com desculpas e explicações por não ter feito algo. Aqueles que querem ser realmente bem sucedidos não inventam desculpas.

2. Pessoas de Sucesso Têm Ambição
Elas querem realizar alguma coisa. Elas têm entusiasmo, comprometimento e amor-próprio. Elas têm auto-disciplina. Elas trabalham duro e se superam. Elas lutam muito pelo sucesso. Elas fazem o que quer que seja para realizar um trabalho.
Lembre-se: Trabalho duro traz resultados. A felicidade na vida vem do trabalho para realizar alguma coisa.

3. Pessoas de Sucesso São Fortemente Motivadas Por Realizações
Elas têm grande satisfação em realizar uma tarefa.

4. Pessoas de Sucesso São Focadas
Elas se concentram nas suas metas e nos seus objetivos principais. Elas não perdem o foco. Elas não adiam. Elas trabalham em cima de projetos que são importantes, e não deixam esses projetos para a última hora. Elas são produtivas, e não apenas ocupadas.

5. Pessoas de Sucesso Aprendem Como Fazer as Coisas
Elas usam seus conhecimentos, talentos, energia e habilidades para produzir o máximo possível. Elas fazem aquilo que precisa ser feito, não apenas o que elas gostariam de fazer. Elas não têm medo do trabalho e se comprometem em fazê-lo.
Lembre-se: Felicidade é fazer e realizar, e não adquirir e possuir.
Muitos anos atrás me perguntaram: “Márcio, você gosta de hábitos agradáveis ou resultados agradáveis?” Eu fiquei refletindo sobre a pergunta, e, depois, respondi: “Eu gosto de resultados agradáveis”. Desde esse momento minha vida mudou. Eu comecei a fazer coisas que eram difíceis, porque elas me capacitaram a alcançar minhas metas.

6. Pessoas de Sucesso Têm Responsabilidade Sobre Suas Ações
Elas não dão desculpas. Elas não culpam os outros. Elas não reclamam.

7. Pessoas de Sucesso Procuram Soluções para os Problemas
Elas procuram oportunidades. Quando elas vêem oportunidades elas tiram vantagem delas.

8. Pessoas de Sucesso Tomam Decisões
Elas pensam sobre os assuntos e fatos relevantes, dão a eles a atenção e a consideração necessárias, e tomam a decisão. Decisões não são deixadas de lado ou adiadas, elas são tomadas na hora!
Dica de Sucesso 1: Passe mais tempo pensando e planejando antes de tomar sua decisão, e você tomará as melhores decisões.

9. Pessoas de Sucesso Têm Coragem para Assumir que Elas Erraram
Quando elas erram, assumem reparam o erro, e seguem adiante. Não desperdiçam muito tempo, energia, dinheiro ou outros recursos, tentando defender o erro ou uma decisão errada.
Lembre-se: Quando as pessoas estão erradas, elas podem admitir para elas mesmas. Se elas lidam da forma correta com isso, podem assumir o erro para outros e mesmo ter orgulho da sua franqueza e tolerância. Mas lembre-se que as pessoas ficam na defensiva e têm raiva quando os outros tentam apontar seus erros.

10. Pessoas de Sucesso São Auto Confiantes
Elas têm os conhecimentos, talentos e treinamento que são necessários para alcançar o sucesso e por isso são destemidas.

11. Pessoas de Sucesso Têm Conhecimento Específico, Treinamento e/ou Habilidades e Talentos
Elas sabem o que elas precisam saber para serem bem sucedidas. E quando elas precisam de informação e conhecimento, ou de habilidades e talentos que não possuem, elas sempre encontram alguém que possa lhes ajudar.

12. Pessoas de Sucesso Trabalham em Cooperação com Outras Pessoas
Elas têm personalidades positivas. Elas estão rodeadas por pessoas que oferecem ajuda, apoio e encorajamento. Elas são líderes.

13. Pessoas de Sucesso são Entusiastas
Elas são estimuladas pelo que estão fazendo e essa satisfação é contagiante. Todos querem trabalhar com elas, fazer negócio com elas e estar com elas.

Sete caracteristicas das pessoas bem sucedidas

O que faz uma pessoa ser bem sucedida? Vários fatores contribuem para que isso aconteça. Mas existem algumas características que essas pessoas têm em comum. Veja, abaixo, quais são elas:

- Todas elas trabalharam duro para chegar lá. Não há dinheiro fácil no mundo. O sucesso exige trabalho duro, e só é alcançado pelos que se dispõem a enfrentar esse trabalho.

2 - Pessoas bem sucedidas são honestas. O sucesso por meios desonestos dura pouco. O vendedor mentiroso e enrolador pode garantir a primeira venda, mas certamente nunca irá criar uma clientela...

3 - Pessoas bem sucedidas são perseverantes. Tentam até conseguir.

4 - Pessoas bem sucedidas são, na maioria das vezes, amigáveis e gostam de pessoas. É isso que permite que tenham facilidade em estabelecer contato e em liderar outros, quando necessário.

5 - Pessoas bem sucedidas gostam de aprender novas coisas. Durante toda a vida. Aprender significa crescer.
Curiosidade intelectual é a chave para uma das maiores vantagens na competição profissional - a informação atualizada. Aprender significa não só adquirir novos conhecimentos profissionais. Significa, também, aprender com os próprios erros.

6 - Pessoas bem sucedidas sempre entregam mais do que prometem. Essa é uma regra de ouro - prometa a menos, entregue a mais. Assim, você não cria expectativas desnecessárias. E, ao entregar o que prometeu, causará uma agradável surpresa ao entregar mais do que prometeu.

- Pessoas bem sucedidas procuram soluções quando encontram um problema pela frente. Não perdem tempo se queixando, porque vêem os problemas como oportunidades de se superarem. Assim, as pessoas bem sucedidas são, normalmente, aquelas que acham soluções - enquanto o resto se queixa...

Conhecendo essas características, faça uma pequena avaliação de si mesma.

Qual delas é mais importante para você?

Qual é a que você considera indispensável?

Qual você gostaria de incorporar ao seu comportamento profissional?

Que tal escolher uma delas e "trabalhar" no seu desenvolvimento durante o próximo mês?


Se você realmente se aplicar, verá que os resultados podem ser muito bons

15 de abril de 2011

Limites, Valores e Ética

A escola é a instituição com maior poder para resgatar valores éticos e princípios. “Ela congrega toda a sociedade. A escola poderia ter papel de liderança, mas vive com excesso de timidez.  Yves de la Tayle

Vivemos um período de anomia (ausência de normas). É comum um cidadão ao ser pego fazendo algo de errado, justificar-se dizendo: todos fazem isso mesmo...”. Em verdade é uma questão de envolve valores, ética e, inclusive, limites. A escola precisa estar atenta para ajudar os alunos a terem um correto desenvolvimento moral para que contribuam com a sociedade, a fim de torná-la menos violenta e menos injusta.

De acordo com o Dr. Yves de la Taylle, professor titular da USP, existe diferentes etapas do desenvolvimento moral da criança. Dentre estas, a fase que vai dos cinco aos nove anos é o período fundamental no desenvolvimento moral. Durante esta etapa, o papel dos professores, junto com os pais, é de referência na construção do mundo dos valores, pois as crianças estão atentas ao comportamento e atitudes dos adultos.  Ele afirma categoricamente que valores éticos e morais precisam ficar claros. Não podem ser confusos ou inexistentes, esse momento da infância é essencial na construção da ética do indivíduo adulto.

O desenvolvimento moral vai ajudar a criança a compreender o estabelecimento de limites para suas próprias ações. Assim a indisciplina encontrada na escola pode ser diminuída quando este desenvolvimento moral for trabalhado pela escola em conjunto com os pais. Além destes, a comunidade, a igreja e a própria sociedade devem contribuir significativamente neste processo.

É bom lembrar que a construção da disciplina e da indisciplina das crianças está diretamente relacionada à tomada de consciência das regras sociais. Estas regras devem provocar a reflexão para a tomada de consciência e promover a mudança de pensamentos e desejos, através de limites que são determinados pela ética e aceitos pelos alunos como prática saudável para o pleno exercício da cidadania.

Eliel Unglaub
Revista da Escola Adventista

14 de abril de 2011

Escolas públicas terão livros didáticos de filosofia em 2012

Folha.com.br 03/04/2011 - 12h26
A filosofia vai voltar, na prática, para o conteúdo curricular dos alunos de ensino médio, depois de 47 anos fora dos currículos das escolas de educação básica no país. No ano que vem, as escolas da rede pública receberão pela primeira vez, desde a ditadura, livros didáticos da disciplina para orientar o trabalho dos professores. Foi o regime militar que baniu a filosofia das escolas.

Em 2008, uma lei trouxe de volta a filosofia e a sociologia como disciplinas obrigatórias para os estudantes do ensino médio. A professora Maria Lúcia Arruda Aranha ensinava filosofia em 1971 quando a matéria foi extinta pelo governo militar. Hoje, é uma das autoras dos livros que foram selecionados para serem distribuídos aos alunos da rede pública pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático).
"Ela desapareceu [a filosofia nas escolas] na década de 70 e reapareceu como disciplina optativa em 1982. Mas, nesse meio tempo, eu continuava dando aula em escola particular. A gente ensinava, só que o nome da matéria não podia constar como filosofia", lembra.

Ela avalia que o país "demorou demais" para incluir as duas disciplinas novamente entre as obrigatórias e ainda falta "muito chão" para que elas sejam ministradas da forma adequada. Ainda faltam professores formados na área já que, por muito tempo, não havia mercado de trabalho para os licenciados e a procura pelo curso era baixa. Em 2009, 8.264 universitários estavam matriculados em cursos superiores de filosofia 78 vezes menos do que o total de alunos de direito.

Muitas vezes são profissionais formados em outras graduações como história ou geografia que assumem a tarefa. Os livros didáticos devem ajudar a orientar os docentes no ensino da filosofia. "O livro é muito importante porque dá uma ordenação do conteúdo e propõe como o professor pode trabalhar os principais conceitos, como o que é filosofia e a história da filosofia. Mesmo o aluno formado na área, às vezes, não está acostumado a dar aula para o ensino médio, não tem dimensão de como chegar ao aluno que nunca viu filosofia na vida", explica.

A história da filosofia, as ideias dos principais pensadores como Platão, Kant e Descartes, servem de base para ensinar aos jovens conceitos básicos como ética, lógica e política. Mas Maria Lúcia ressalta que é muito importante conectar o conteúdo com a realidade do aluno para que ele "aprenda a filosofar".

"O professor deve apresentar o texto dos filósofos fazendo conexões com a realidade daquele tempo em que o autor vive, mas também estimular o que se pensa sobre aquele assunto hoje. Isso desenvolve a capacidade de conceituação e a competência de argumentar de maneira crítica. Ele aprende a debater, mas também a ouvir", compara.
___________________________________________

A filosofia questiona e estuda os fenômenos da natureza e dos seres vivos. A Filosofia é um bom começo para colocar na mente dos alunos o desejo de pesquisar e aprender mais. Portanto, se esta ferramenta for bem utilizada teremos um meio de iniciar o estudo cientifico nas escolas.
Delton Unglaub

11 de abril de 2011

Guia para ensinar aulas online


Para você que é professor e deseja ser um excelente professor, também, online, segue um guia para você aproveitar ao máximo suas aulas online.
  • Seja pontual. Quando você se atrasa para uma aula, também, passa uma impressão de desorganização e desrespeito com os alunos. Em aulas online, iniciar no horário correto é muito mais importante.
  • Faça um briefing. Procure cumprimentar aos demais alunos perguntando-os se está tudo bem, e se estão todos prontos para iniciar. É importante saber se algum dos alunos não está com algum problema qualquer (alguma questão urgente, ou se não está passando bem, etc), pois assim a aula poderá ser remarcada (afinal, esta não é a grande vantagem de se reunir online?). Este toque humano é mais naturalmente perceptível em aulas presenciais, portanto é um detalhe adicional interessante para seu evento.
  • Foco no objetivo. Procure colocar um slide chamado “Agenda” em sua apresentação (ou adicione um arquivo PPT separado com a agenda entre os arquivos da aula). Com os vários recursos disponíveis na ferramenta, pode ocorrer o desprendimento do foco central e a perda de produtividade na classe. Sendo assim, é interessante de quando em quando mostrar este slide ou PPT com a agenda da reunião para os alunos.
  • Apresente para você mesmo. É muito comum fazermos antes um test-drive na aplicação, principalmente se você não participa freqüentemente de aulas online. Para isso, acesse a aplicação fora do horário da aula, teste os recursos para checar como a aplicação se comporta, posicione sua webcam e navegue por seus slides. Se você nunca usou um sistema deste tipo antes, uma boa idéia é conseguir um computador adicional e usar este computador para se conectar como participante no seu evento, mantendo o monitor em seu campo de visão enquanto você utiliza o seu próprio computador como apresentador. Assim, você poderá testar os recursos da ferramenta e ter uma idéia de como será a experiência dos participantes do seu evento enquanto você faz a apresentação.
  • Posicione melhor sua câmera. Isso pode parecer estranho, mas quando seus alunos participantes têm a impressão de que você está olhando para eles, a apresentação ganha um ar mais pessoal. Por isso, uma dica importante é posicionar a sua webcam bem próxima ao monitor do seu computador, pois assim parecerá que você está olhando na mesma direção da sua platéia. De vez em quando, vale também olhar diretamente para a câmera enquanto você fala. 
  • Quebre o gelo. Evite ficar a maior parte do evento online fazendo uma só atividade, procurando quebrar o gelo de vez em quando. Esta dica vale especialmente para compartilhamento de desktop, em que é comum ficarmos concentrados demais na atividade do computador, esquecendo de que há uma platéia de seres humanos por trás de sua apresentação. Sendo assim, nestes casos procure sair do compartilhamento de tempos em tempos e falar alguma coisa usando também sua câmera, para pescar a atenção dos seus ouvintes. 
  • Confira a iluminação. Quando você é iluminado por trás em relação à sua câmera, normalmente sua imagem aparecerá escura e difícil de enxergar. Isto pode causar um pouco de stress inconscientemente nos alunos. Sendo assim, procure experimentar diferentes posições em relação à iluminação e utilizar a que mais lhe agradar, talvez usando alguma iluminação sobre sua mesa se necessário. 
  • Apresentação visual. É uma boa prática utilizar roupas com cores sólidas como azul ou amarelo claros. Evite utilizar roupas que contenham listras, que atrapalham bastante o processo de compressão e descompressão do vídeo, causando um efeito visual desagradável na sua imagem para os estudantes. 
  • Evite movimentos bruscos. Como o envio de vídeo consome uma banda considerável de internet, é interessante movimentar-se de forma suave para evitar “saltos” no seu vídeo quando chegar no computador dos usuários.
  • Bloqueio de microfone. A ferramenta possui um recurso muito útil para os momentos em que precisamos falar por um tempo prolongado, que é o bloqueio de microfone. No entanto, use este recurso com cautela para evitar que sons indesejáveis sejam enviados para a platéia nos momentos em que você for ficar muito tempo sem falar. Estes sons são naturais do seu ambiente, como telefones tocando, ar condicionado, ruídos do próprio dispositivo de microfone, entre outros. Além de a participação ficar mais confortável para sua platéia, você consumirá menos banda de internet, reduzindo a probabilidade de ter grandes atrasos no envio da sua voz.
Estas dicas foram adaptadas de boas práticas das transmissões de rádio e TV.

8 de abril de 2011

Internet transformou consumidores passivos em criadores coletivos

Com o advento da internet, tivemos muitos ganhos e perdas. Os usuários começaram a gastar mais tempo em frente ao computado que em atividades ao ar livre. No entanto, ganhamos em conhecimento e acessibilidade. O compartilhamento faz com que engenheiros da Australia resolvam seus problemas profissionais com a ajuda de engenheiros noruegueses. Ou ainda, alunos do ensino fundamental americano tenham aulas com professoras de reforço indianas. O mais interessante é que esta "consultoria" acontece pela internet - de forma instantânea. O mundo se torna cada vez mais plano e todos podem viver em uma aldeia global.

Como você pode utilizar isto em sua sala de aula? Segue uma dica abaixo para ajudar na sua resposta.


Explica como usamos nossos talentos para criarmos juntos coisas novas06/04/2011 - 16h00
da Livraria da Folha

Nas últimas duas décadas, com o crescimento do número de usuários e o aumento da velocidade da internet, o mundo presenciou uma transformação na forma como as pessoas buscam a informação e as compartilham.

Escrito por Clay Shirky, professor do programa de telecomunicações interativas da Universidade de Nova York, "A Cultura da Participação" mostra como a criatividade do mundo conectado provocou uma verdadeira mudança nos costumes.

O especialista explica que --mesmo usando uma pequena fração de tempo de cada indivíduo-- é possível produzir um trabalho compartilhado como a enciclopédia Wikipédia, a plataforma de programação de código aberto Apache ou o site Ushahidi.com. Publicado no Brasil pela editora Zahar, o título foi traduzido por Celina Portocarrero. Leia, abaixo, um trecho do exemplar.

*
A sociedade, a princípio, nunca sabe bem o que fazer com qualquer excedente. (É o que faz disso um excedente.) Quando tivemos um excedente realmente em larga escala de tempo livre - bilhões e depois trilhões de horas por ano -, nós gastamos a maior parte dele consumindo televisão, porque julgamos esse modo de utilizar o tempo melhor do que as alternativas disponíveis. Sem dúvida, poderíamos ter feito atividades ao ar livre, ou lido livros, ou feito música com os amigos, mas na maioria das vezes não o fizemos, porque os preparativos para essas atividades eram enormes, comparados a apenas sentar e assistir. A vida no mundo desenvolvido inclui uma quantidade enorme de participação passiva: no trabalho, somos malandros e, em casa, somos bichos-preguiça. O padrão é bastante simples de explicar quando se assume que quisemos ser participantes passivos mais do que quisemos outras coisas. Essa história é há muitas décadas bastante plausível; inúmeras provas sem dúvida corroboram esse ponto de vista, e não há muitas que o contradigam.

Mas agora, pela primeira vez na história da televisão, alguns grupos de jovens estão vendo menos TV do que os mais velhos. Diversos estudos populacionais - entre alunos de ensino médio, usuários de banda larga, usuários do YouTube - registraram a mudança, e sua observação básica é sempre a mesma: populações jovens com acesso à mídia rápida e interativa afastam-se da mídia que pressupõe puro consumo. Mesmo quando assistem a vídeos on-line, aparentemente uma mera variação da TV, eles têm oportunidades de comentar o material, compartilhá-lo com os amigos, rotulá-lo, avaliá-lo ou classificá-lo e, é claro, discuti-lo com outros espectadores por todo o mundo. Como observou Dan Hill num famoso ensaio on-line, "Why Lost Is Genuinely New Media", os espectadores de Lost não eram apenas espectadores - eles criaram, em conjunto, um compêndio de materiais relativos à série chamado (e como seria?) Lostpedia. Em outras palavras, mesmo quando ocupados em ver TV, muitos membros da população internauta estão ocupados uns com os outros, e esse entrosamento se correlaciona com comportamentos que não são os do consumo passivo.

As escolhas que levam à redução do consumo de televisão são ao mesmo tempo ínfimas e enormes. As escolhas ínfimas são individuais; alguém simplesmente decide passar a hora seguinte falando com os amigos, jogando ou criando algo em vez de apenas assistir. As escolhas enormes são coletivas, um somatório daquelas escolhas ínfimas feitas por milhões de pessoas; o deslocamento cumulativo de toda uma população em direção à participação permite a criação de uma Wikipédia. A indústria televisiva está se surpreendendo ao ver usos alternativos do tempo livre, sobretudo entre os jovens, porque a noção de que ver TV era o melhor emprego do tempo livre, ratificada pelos telespectadores, foi uma característica estável da sociedade por muito tempo. (Charlie Leadbeater, especialista britânico em trabalho colaborativo, conta que um executivo de televisão lhe disse, há pouco tempo, que o comportamento participativo dos jovens vai desaparecer quando eles amadurecerem, porque o trabalho os esgotará tanto que eles não serão capazes de fazer outra coisa com o tempo livre além de "desabar na frente da televisão".) Acreditar que a antiga estabilidade desse comportamento signifi cava que ele seria um comportamento estável no futuro também demonstrou ser um erro - e não apenas um erro qualquer, mas de um tipo especial.

*
"A Cultura da Participação"
Autor: Clay Shirky
Editora: Zahar
Páginas: 212
Quanto: R$ 34,30

6 de abril de 2011

Motivação para estudar

 

Estudar não é uma tarefa que a maioria dos estudantes faça com prazer, no entanto, deve ser praticada muito e continuamente pelo fato de ser extremamente importante. Por mais que existam matérias chatas não há razão pela falta de ânimo. Para ter uma força extra nos estudos, é preciso estar aberto para que você possa refletir mais e entender a importância de estudar. 

Procure seguir algumas orientações de estudo para auxiliá-lo a se organizar e, assim, melhorar meu rendimento na escola.

a) ORGANIZE SEUS MATERIAIS [Na véspera das aulas organize sua mochila com os materiais necessários para as atividades do dia seguinte antes de ir dormir. Livros, cadernos, estojos, réguas e materiais extras requisitados devem ser arrumados de forma antecipada para evitar peso extra na mochila e impossibilidade de participação em alguma atividade por falta de materiais].

b) MANTENHA SUA AGENDA ATUALIZADA [Anote numa agenda ou mantenha informes de compromissos escolares em uma parte específica de seu caderno para não perder prazos de entrega de tarefas, trabalhos ou participação em aulas extras, reuniões... Estas anotações devem ser compartilhadas com os pais para que também eles saibam de seus compromissos e de sua organização!].

c) FAÇA PERGUNTAS [Não entendeu? Não tenha vergonha de levantar a mão e perguntar. Pergunte na hora, peça para o professor explicar novamente. Peça exemplos que facilitem a compreensão ou então que os exercícios que geraram dúvidas sejam refeitos. Só depois que tiver certeza que entendeu é que você estará bem preparado para tarefas, exercícios em sala de aula ou provas].

d) FAÇA ANOTAÇÕES DETALHADAS [Durante as aulas faça as anotações sugeridas pelos professores e também se sinta a vontade para colocar ao lado anotações e observações adicionais nas quais sua compreensão do que está sendo explicado faça parte de seus registros].

e) ELIMINE DISTRAÇÕES [Na hora em que for estudar mantenha o foco apenas nos estudos e elimine as distrações. Não estude com música, TV ligada, telefones, computador ou qualquer outro recurso por perto que possa tirar sua atenção. No horário em que definir como período de resolução de tarefas e trabalhos ou ainda de estudo diário das matérias trabalhadas na escola faça-o em lugar tranquilo, sem movimento ou passagem de pessoas. Peça aos demais membros da família para não interromperem seus estudos].

f) TROQUE IDEIAS COM COLEGAS SOBRE OS ASSUNTOS ESTUDADOS [Seus colegas de classe elaboram também sua compreensão dos conteúdos e conceitos trabalhados em aula e, cada um faz isso de uma forma diferente, mesmo que os temas sejam iguais. Ao trocar ideias com eles o seu entendimento da matéria trabalhada pode então ser enriquecido ou facilitado].

Referência
UNGLAUB, Delton; UNGLAUB, Eliel. 101 Atitudes para o estudo inteligente. 3ª ed. Campinas, SP: 2006.

5 de abril de 2011

Professores ensinam como se preparar para o vestibular sem estresse


Publicada em 12/08/2006 às 16h54m
Shaulla Figueira - O Globo Online

RIO - Assim como as maratonas esportivas, o vestibular exige uma preparação exaustiva no período que antecede as provas, mas muitos alunos não sabem nem por onde começar. Uns exageram na dose de estudos, outros deixam para a última hora e há aqueles que se rendem à ansiedade e falham na hora da prova. O GLOBO ONLINE conversou com dois professores e autores de livros com dicas para os vestibulandos. Eliel Unglaub, que escreveu "101 Atitudes para o estudo inteligente", e Geraldo Silvestre, autor de "Vestibular sem sofrimento - O segredo dos vencedores", nos ajudam a traçar os principais passos para os estudantes enfrentarem a seleção sem estresse. E falam ainda sobre técnicas de memorização e os diferentes tipos de professores .

1 - Crie metas, planeje-se e organize-se

Para Geraldo, além de organização e planejamento, os jovens devem ter um objetivo traçado.

- Com o fim do ensino médio, alguns jovens ficam perdidos e não sabem que caminho seguir. Muitos escolhem uma carreira por pressão da família. Antes de começar a se planejar, ele precisa mudar a concepção sobre o vestibular e perceber o que ele realmente quer da vida - aconselha.

De acordo com Eliel, para saber se organizar e planejar, os alunos precisam tornar estas condutas um hábito diário.

- Bons hábitos só são formados por meio de repetição. Assim como um trabalhador, o aluno precisa ter horário e lugar fixos para estudar - afirma o professor.

Segundo ele, atitudes como estudar no mesmo período do dia, anotar a rotina de estudos e não deixar as coisas para última hora são essenciais.

2 - Administre seu tempo

Traçado o planejamento e as metas, é hora de cronometrar o tempo dedicado aos livros.

- O estudante tem que saber administrar e distribuir o horário das atividades diárias, desde o café da manhã até a hora de dormir. Essa distribuição tem que ser feita concretamente. Não adianta ele se programar para estudar 40 horas semanais sabendo que não vai cumprir - alerta o professor Eliel.

O horário de estudos deve ser sagrado. Uma boa dica para quem não quer se desconcentrar é avisar aos amigos e à família quando a plaquinha "não incomode" está na porta. Assim, telefonemas e convites inapropriados serão evitados.

O autor do livro sugere que, a cada duas horas, os estudos sejam interrompidos num intervalo de 15 minutos:

- Esse procedimento ajuda a mente e facilita o aluno na capacidade de absorção da matéria - explica Eliel.

Os vestibulandos também devem ficar mais atentos às disciplinas que apresentam maior dificuldade. Elas requerem um pouco mais de tempo do que as restantes.

3 - Horário biológico

Segundo Eliel, o aluno precisa descobrir em que período ele é mais produtivo. Enquanto alguns são diurnos, outros são noturnos.

- Não existe uma regra, cada um tem seu relógio biológico. A maioria das pessoas tem um melhor aprendizado pela manhã. O pior horário é à tarde. Já dei aula em todos os turnos e os alunos matutinos têm um rendimento inferior aos diurnos e noturnos - conta.

4 - Saiba como revisar

Segundo os professores, o aluno que revisa apresenta um aproveitamento muito melhor do que aqueles que não têm esse hábito. Mas qual é a melhor forma de fazer isto? De acordo com os autores, a revisão diária é fundamental. É uma forma de memorizar sem estresse, aprender melhor o conteúdo e sanar as dúvidas com os professores.

- Na primeira parte da revisão, deve ser feita uma leitura rápida. Depois, cada tópico do assunto deve ser estudado separadamente. A cada bloco estudado, o aluno deve voltar ao anterior para verificar se fixou o conteúdo - explica Geraldo Silvestre.

Resumos e questionários também são boas ferramentas para o processo de fixação das disciplinas.

5 - Drible o medo da prova

Muitos estudantes têm uma rotina de estudos brilhante durante todo o ano, mas na hora do vestibular entram em pânico e acabam falhando na prova. Os autores afirmam que, quanto maior a ansiedade, maior também é a dificuldade em se concentrar.

- A concentração é a maior barreira do ansioso no vestibular. Na hora da prova, ele deve evitar sentar curvado, respirar fundo e desfocar a ansiedade, mentalizando alguma coisa para relaxar. Outra técnica indicada é escrever num diário uma solução para o problema e sanar isso antes da avaliação. Isso ajuda o aluno a ver os problemas de outro modo - sugere Eliel.

Já o professor Geraldo acredita que o segredo é usar técnicas como atividades físicas e terapia:

- O conhecimento não é suficiente se ele não tiver tranqüilidade na hora da prova. Exercícios físicos ajudam a relaxar. Terapia também é indicada para os mais ansiosos. Se o aluno não procurar ajuda, ele terá mais dificuldade de ter sucesso nos exames - afirma.

3 de abril de 2011

Como vencer um gigante

Estudar exige um pouco de paciência, mas, além disso, muita força de vontade. Se você deseja aprender a matéria gigante da prova em pouco tempo, aqui vai uma estratégia: se organize e domine seu tempo. O tempo é uma “arma” preciosa, de valor incalculável para derrotar qualquer conteúdo “gigante”.

Adiar o estudo e adiantar o lazer é deixar que o gigante domine o jogo. De fato, é difícil estudar para uma prova com duas semanas de antecedência, em vez de ir ao shopping ou jogar bola com os amigos. No entanto, se você reeducar seus hábitos terá resultados que compensarão o sacrifício.

Duas horas de estudo fazem um conteúdo enorme parecer fácil. Com o tempo, a habilidade de compreender toda a matéria será admirada por todos! Sem contar que o nível de stress das provas desaparecerá. Existem algumas sugestões muito práticas e que podem ajudar você no domínio de seu tempo.

    * Organize um horário específico para estudos e pesquisas.
    * Tenha em mente que seu tempo é limitado.
    * Planeje um estudo diário.
    * Na hora marcada comece seu estudo, mesmo sem vontade.
    * Faça pequenos intervalos para esticar-se e relaxar um pouco.
    * Prepare-se para a aula seguinte.

Utilize estas dicas para que a matéria esteja sempre fresca na sua cabeça. Se você seguir estas sugestões com certeza o gigante será apenas uma lenda!
Delton Unglaub

1 de abril de 2011

101 Atitudes para o estudo inteligente

-- Planeta Literatura  --
-- João Luís de Almeida Machado --
Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).

Cultive hábitos simples e estude com maior eficiência
Nossos estudantes, com raras exceções, não sabem estudar. Nem mesmo aqueles que chegam à universidade conseguiram se organizar como deveriam para desenvolver seus estudos. Não é raro perceber que muitos deles nem ao menos se preocupam em anotar as informações que são passadas em aula pelos professores...

Se não anotam o que lhes é passado diariamente em classe isso significa, na prática, que estão em descompasso com as práticas de estudo que esperamos que realizem. É certo que todas as orientações dadas na escola serão reaproveitadas futuramente em trabalhos, tarefas, projetos ou em avaliações.

Além disso, se o estudante não escreveu em seu caderno os conceitos e informações da aula, como poderá se orientar quanto às outras fontes utilizadas pelo professor em seu curso? Se as páginas dos cadernos estão em branco é pouco provável que esse estudante consiga identificar capítulos dos livros didáticos usados no curso ou que ele consiga saber ao certo o que, em cada um dos capítulos previstos em provas, realmente será utilizado.

Lembro um outro detalhe importante, ou seja, como podemos escrever a respeito de temas ou assuntos com os quais não temos muito pouca ou nenhuma familiaridade?

E olhem que estamos falando apenas do primeiro round dessa batalha incessante dos estudantes durante os seus anos de educação escolar. A postura em sala de aula é apenas um indício do despreparo de muitos e muitos alunos. A forma como se sentam nas cadeiras, a assiduidade, a pontualidade, a regularidade com que trazem os materiais requisitados para as aulas, o cumprimento dos prazos previstos para trabalhos e projetos e alguns outros indicadores comportamentais também nos levam a concluir que os alunos precisam urgentemente de orientações de estudo.

“As anotações o ajudam a prestar mais atenção na aula e o estudo
posterior se torna mais fácil. Capricho e estética fazem uma boa
combinação e podem auxilia-lo na hora de revisar o conteúdo da prova.”
(101 Atitudes para o estudo inteligente)

Caberia a cada escola possuir orientadores educacionais que viessem a realizar esse trabalho com o apoio dos professores. O problema é que a maioria das escolas não conta com os serviços desse pedagogo especializado em orientação. Se não bastasse isso, os professores também não se preocupam em dar as devidas orientações de estudo a seus pupilos. Isso quando não constatamos que há professores que também não sabem estudar...

O livro 101 Atitudes para o estudo inteligente, dos autores Eliel Unglaub e Delton Lehr Unglaub, procura trazer informações que esclareçam e facilitem o estudo nas escolas brasileiras. Destina-se obviamente a educadores, estudantes e pais de alunos que procuram orientações de caráter prático que ajudem a melhorar o rendimento em nossas escolas.

O mais interessante de tudo isso é que os estudantes, por desconhecimento de causa, não percebem que estudar pode ser uma atividade prazerosa, instigante e valiosa. Para que isso aconteça é de fundamental importância que o aluno se dê conta de que estudar adequadamente só vai lhe trazer benefícios, tanto no presente quanto no futuro.

Sem estudar não será possível pleitear bons empregos. Se não estivermos bem posicionados profissionalmente é pouco provável que tenhamos o conforto que aspiramos para nossa vida pessoal. Ao não estudar fecham-se portas que nunca mais serão abertas. É melhor pensar nisso quando ainda estamos na escola para que não tenhamos que correr atrás do prejuízo quando formos adultos.

“Estudar exige um pouco de paciência, mas, além disso, muita força
de vontade. O estudante precisa dominar algumas técnicas para que
o aprendizado seja feito com o máximo de eficiência e o mínimo de
tempo. O tempo é um bem precioso, de valor incalculável. Seu uso
precisa ser planejado e muito bem utilizado”.
(101 Atitudes para o estudo inteligente)

Conheço casos de pessoas que tiveram várias oportunidades de estudar, de obter um diploma, de concluir cursos universitários e de, consequentemente, ter uma vida futura tranqüila. Como não aproveitaram suas chances, tiveram que perambular por empregos que não lhes davam benefícios como bons salários, estabilidade, férias, seguro-saúde,...

Tornaram-se funcionários desqualificados que poderiam ser dispensados a qualquer momento ou que teriam que se contentar com condições pouco adequadas de trabalho. Se a falta de qualificação pode ocasionar todos esses contratempos, imaginem então que freqüentar escolas, nos diversos níveis, e não aproveitar os estudos também tem efeitos colaterais.

Se concentrarmos nossas atenções apenas no mercado de trabalho veremos que as empresas contratam não apenas pessoas que possuem diplomas e especializações, mas principalmente aquelas que demonstram iniciativa, têm poder de concentração, são eficientes, mostram-se criativas, procuram sempre resolver os problemas que aparecem e que conseguem se entrosar bem com as equipes nas quais estão inseridas.
Essas habilidades e conhecimentos são adquiridos a partir da vida escolar dos estudantes desde os primeiros passos que são dados na educação infantil até a formação universitária. Dependem da presença e disponibilidade dos pais em auxiliar seus filhos. Tem relação direta com o empenho e o preparo dos professores que estiveram com esses estudantes. E, principalmente, compreendem um esforço permanente por parte dos próprios alunos.

“A primeira coisa a fazer antes de começar a estudar é organizar todos
os seus materiais. A organização é importante porque ajuda você a se
‘achar’ dentro do ambiente e espaço que você determinou para seus
momentos de estudo. Os livros, os cadernos, as canetas, os lápis, apontador,
borracha, régua e outros ‘equipamentos’ devem estar ao alcance
das mãos para facilitar sua produtividade na hora do estudo”.
(101 Atitudes para o estudo inteligente)

Quando digo que o estudo pode ser instigante quero dizer que se o professor souber cativar seus estudantes, desafiando-os para a construção de seus saberes e requisitando a participação efetiva deles em suas aulas criam-se elementos que conduzirão esses estudantes, necessariamente, para o conhecimento.

O estudo se torna um prazer para o estudante a partir do momento em que se criam condições de trabalho que permitam o bom desenvolvimento dessa atividade e também desde o instante em que o aluno compreenda como aquele conhecimento pode lhe ser útil em sua vida cotidiana. Se esses elementos não forem percebidos pelos pupilos é pouco provável que eles venham a se interessar pelo exercício do estudo.

O ritmo de trabalho e as especificidades do trabalho são muito particulares a cada estudante. Há, no entanto, uma série de hábitos, dicas e técnicas que podem facilitar o estudo. É esse o foco da obra 101 Atitudes para o estudo inteligente. Além dessas orientações de caráter prático, os autores também se preocuparam em elaborar uma lista de itens que podem auxiliar o estudante em sua busca de motivação nos estudos e ainda sugestões que permitam aos mesmos aprimorar-se nessa imprescindível atividade.

Há, evidentemente, alguns chavões ou lugares-comuns que se tornaram comuns nas recomendações que são dadas aos estudantes ou aos pais durante as reuniões bimestrais, como por exemplo:- Escolha o lugar mais apropriado para estudar, planeje o tempo de estudo, faça perguntas em aula para seus professores, mantenha sua agenda de compromissos atualizada, faça anotações organizadas das aulas,...

“Muitos professores consideram a presença e a participação em sala de aula
relevante na hora de avaliar as notas finais. E como eles avaliam isto?
Normalmente pelo número de faltas e pela exposição que o aluno faz
de sua imagem em sala. As perguntas feitas normalmente mostram o
interesse e participação ativa do aluno em classe”.
(101 Atitudes para o estudo inteligente)

Mas, mesmo no caso das informações de uso corrente são dadas explicações que adicionam novos dados e dicas ao conhecimento dos professores, pais e também dos alunos para que melhorem o rendimento nos estudos. Além das informações que já são de conhecimento geral, os autores também apresentam outras práticas, relacionadas ao estudo, que ajudam (e muito) a enriquecer a preparação dos estudantes, como por exemplo: participar de eventos e debates; realizar pesquisas regulares nas bibliotecas para complementar informações; relacionar os assuntos estudados a outros trabalhados anteriormente; ler jornais e revistas com regularidade; buscar a eficiência nos estudos...

101 Atitudes para o estudo inteligente é um livro bastante objetivo quanto a seus propósitos, tem linguagem ágil que permite leitura rápida e foi editorado como um autêntico manual do escoteiro destinado aos estudantes. Apresenta as orientações e convida todos os participantes da comunidade escolar a adotá-las. Se irão ou não usar esses conhecimentos é impossível prever, porém sabemos que é muito saudável cultivar tais hábitos e práticas... Esperamos apenas que as receitas do livro não sejam esquecidas e que, se possível, algumas delas venham a ser utilizadas mais frequentemente nas escolas brasileiras...

Universitários levam os estudos a sério?

Pesquisa realizada na Unicamp avalia os fatores que influenciam o desempenho dos estudantes
---------------------------------------------------------------
Priscilla Borges
Da equipe do Correio
---------------------------------------------------------------
Estudar em uma universidade pública é a meta da maioria dos jovens brasileiros, mas a realidade de uma minoria. Basta observar a quantidade de candidatos que disputam cada banco das faculdades. Só na Universidade de Brasília, por exemplo, todos os semestres mais de 20 mil candidatos concorrem a cerca de duas mil vagas. E grande parte dos aprovados passou pelas melhores escolas particulares. No entanto, resta a dúvida: será que todos os alunos dão valor a essa oportunidade e aproveitam de verdade os estudos?
 
É o que tenta responder uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para a tese de doutorado do educador Eliel Unglaub, professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo. Com a aplicação de um questionário de 55 perguntas aos 202 alunos dos cursos de Engenharia de Alimentos, Química, Pedagogia e Ciências Econômicas, o educador pôde avaliar os fatores que influenciam a dedicação dos alunos da graduação aos estudos. 

Esse tipo de análise é comum em países desenvolvidos, como os Estados Unidos. As informações têm valor estratégico. São ferramentas úteis no planejamento das atividades acadêmicas. ‘‘Ajudam a definir ações para melhorar a ocupação dos espaços físicos, por exemplo, aumentar a sincronia entre os cursos e as necessidades e interesses da comunidade estudantil’’, diz o professor.

Os resultados O estudo aponta características interessantes sobre o desempenho dos alunos. As mulheres, por exemplo, se empenham mais que os homens, de acordo com os dados. Para o educador Eliel Unglaub, a dedicação das meninas começa na infância, quando elas já mostram mais interesse e capricho na realização de tarefas. Suzane Dürer, 21 anos, concorda com a tese. Ela se baseia na própria turma do 1º semestre do curso de Agronomia da UnB, onde as mulheres são minoria. ‘‘Sempre vejo as meninas estudando mais. No nosso curso, elas estão mais preocupadas com as provas do que os homens’’, conta.

As colegas Dina Márcia Menezes Ferraz, 19 anos, e Sandra Karla Silva de Castro, 20 anos, lembram que essa diferença é também cultural. ‘‘A mulher parece ser mais dedicada ao que faz. Mas, além disso, existe um pouco de discriminação especialmente na nossa profissão’’, analisa. ‘‘Nós temos que nos dedicar mais aos estudos para provarmos que possuímos a mesma capacidade que os homens. E muitas mulheres também têm dupla jornada, trabalham, têm que cuidar dos filhos. Elas acabam dedicando o tempo livre todo aos livros’’, diz.

Murilo Timo Neto, 18 anos, até acredita que as mulheres sejam, no geral, mais aplicadas. Mas garante que se esforça tanto quanto elas. Leva tão a sério a graduação que passa suas madrugadas em cima dos livros e cadernos, fazendo cálculos e mais cálculos. Ele só tem aulas à noite. Quando chega em casa, retoma os estudos e só pára perto de 5h. Dorme até meio-dia e à tarde já está na Biblioteca da UnB para continuar a maratona. De acordo com a pesquisa, a postura do jovem é típica de quem está começando a vida acadêmica. Unglaub constatou que os universitários do primeiro ano dedicam-se mais que os do segundo e terceiro.

Benetti Mendes, 22 anos, é prova viva disso. Ele está no 8º semestre do curso de Artes Cênicas da UnB. Até o 4º semestre, o jovem ator passava os dias na biblioteca, lendo todo o conteúdo sugerido pelos professores. ‘‘Depois me senti desestimulado, os assuntos ficaram repetitivos e me concentrei mais no trabalho’’, admite.

--------------------------------------------------------------------------------
Quem é mais dedicado
as mulheres
os casados
os mais velhos
os iniciantes
os trabalhadores
estudantes de baixa renda
alunos de um só período
--------------------------------------------------------------------------------
Pesquisa feita com 202 alunos de quatro cursos da Unicamp, considerando dados como sexo, estado civil, idade, trabalho, turno e renda familiar, além de crenças religiosas, hábitos alimentares e atividades físicas. As informações foram cruzadas em um software especializado para esse tipo de pesquisa qualitativa, desenvolvido pelo Instituto de Diligência de Michigan, nos Estados Unidos. 

Matéria publicada em Brasília, terça-feira, 08 de julho de 2003
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...