13 de setembro de 2011

O segredo dos inovadores

13/09/2011 - 08h17 Folha.com.br

Não é dinheiro, nem status, nem reconhecimento o que motiva, em primeiro lugar, os inovadores. Muito menos pressão. Mas o prazer da descoberta: a sensação de aprender e vencer desafios.
Está aí a condição essencial para as empresas conseguirem atrair e reter talentos para gerar inovação dos negócios, segundo um estudo, intitulado "O Princípio do Progresso", que acaba de ser lançada pela editora da escola de negócios de Harvard (o detalhamento do estudo e um capítulo estão no http://www.catracalivre.com.br/).

A forma como se chegou a essa conclusão foi inusual. Os pesquisadores conseguiram que centenas de empregados, todos envolvidos em processos de inovação em suas empresas, escrevessem diários sobre seus sentimentos nos trabalho. Daí saíram 64 mil comentários.

Com base nesse material viu-se que quanto mais as empresas geravam em seus funcionários a sensação de progresso individual, mesmo em pequenas coisas, mais fácil era ter equipes engajadas para inovar e não cair na aposentadoria mental.

Em poucas palavras, a empresa que inova é uma misto de escola com laboratório, onde se mantém sempre o prazer de aprender.

O que os pesquisadores de Harvard alertam é o seguinte: num mundo cada vez mais competitivo e veloz, quem não tiver um ambiente inovador --e, portanto, empregados engajados-- está condenado.
Não é à toa que as grande empresas têm cada vez mais dificuldades de atrair talentos inovadores que, muitas vezes, preferem correr riscos e abrir seus próprios negócios.

Gilberto Dimenstein Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.

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